Bailarina lembra início da carreira: "Sem dinheiro, quase dormi na rodoviária"

A carioca Larissa Lannes estuda dança desde cedo, já trabalhou fantasiada de personagens infantis e conta como superou os desafios do começo da profissão

Ana Bardella

Larissa Lannes faz parte do Balé do Faustão desde 2018 Reprodução / Instagram
Larissa Lannes faz parte do Balé do Faustão desde 2018
Reprodução / Instagram

“Desde pequena eu gosto de aparecer”: é assim que Larissa Lannes, de 25 anos, explica como dirigiu sua carreira para a dança. Criada no Méier, no Rio de Janeiro, ela lembra que adorava se reunir nos intervalos da escola para reproduzir as coreografias que estavam na moda e “dar o próprio show” nas oportunidades que tinha.

Tanta energia levou Larissa para a frente das câmeras cedo. Com apenas 6 anos, ela ingressou para uma agência na qual realizou trabalhos publicitários. Pela facilidade em decorar textos, estudou teatro, mas acabou migrando de vez para a dança na adolescência. De apresentação em apresentação, conseguiu conquistar seu espaço no Balé do Faustão em setembro de 2018. 

Mas o caminho não foi tão simples: após perder o pai aos 4 anos, a família de Larissa passou por dificuldades financeiras. Sua mãe, que trabalhava como representante comercial, perdeu o emprego e passou a fazer faxinas. Adolescente, ela trabalhou em festas infantis para complementar a renda. Veja mais curiosidades sobre a bailarina:

“Já fui Elsa, Minnie e até Pluto”

Em entrevista ao site do Faustão Na Band, Larissa recordou o período em que trabalhava fantasiada em festas infantis. “Eu estudava dança através de uma bolsa de estudos, mas ainda precisava comprar meia, sapatilha de ponta e pagar algumas atividades extras. Por isso, comecei com as festas. Já fui Elsa, Minnie, até Pluto”, recorda. 

“Era sofrido, trabalhar muito para ganhar pouco. E algumas crianças eram legais, amorosas. Outras davam vontade de chorar", conta rindo. 

“Quase dormi na rodoviária do Tietê”

A bailarina explica que, logo que começou a trabalhar em São Paulo como dançarina, a rotina era puxada. “Eu vinha do Rio de Janeiro, de ônibus, toda semana. Já cheguei a aceitar um trabalho sem ter onde dormir: subi no ônibus planejando passar a noite na rodoviária do Tietê, porque não queria recusar a oportunidade. De última hora, consegui ficar na casa de uma conhecida, que acabou se tornando minha amiga”, relembra. 

“No começo, passava muito tempo sozinha”

Como foi para uma carioca se adaptar à vida em São Paulo? “Não tive medo. Aluguei uma quitinete no Tatuapé [bairro da Zona Leste], sem saber que era tão longe do local das gravações. Mas passava muito tempo na rua, porque em casa acabava ficando sozinha. Preferia ir a academia ou meter a cara no trabalho, para não sentir tanta falta do colo de mãe”, conta. 

“O Balé do Faustão me tornou mais segura”

 Sobre o período em que está no balé, Larissa resume: “Aqui você aprende a ir. É um aprendizado que eu vou levar para a vida: quando tem que ir, vai que acontece. Tem que botar na sua cabeça que vai acontecer. Por causa disso, sou mais segura hoje", analisa. E se um erro acontecer? “Segura na mão de Deus [risos]. Segura no carão, sorri e quem olhar vai achar que você está certa”, diz. 

“Conheci meu namorado graças ao Faustão”

Larissa namora há três anos o fisioterapeuta Ricardo Nakao, com quem vive atualmente. “Graças ao Faustão, tenho o meu namorado. Se não fosse ele, não teria me mudado para São Paulo e nós não nos conheceríamos", brinca. O relacionamento já foi alvo de uma piada durante o programa, quando o apresentador questionou se ela não iria ficar noiva. 

“Eu faço uma livre espontânea pressão para ele casar comigo [risos]. Não tenho pressa de usar véu e grinalda, mas brinco que, já que moramos juntos, eu tenho que ser noiva, pelo menos. Nesse dia, ele falou: ‘É agora que os outros vão querer casar com você, porque acham que eu não quero’. Eu respondi: ‘É isso aí, então bora tomar uma atitude’, brincando". 

"Cuido do meu cabelo como um filho"

Sobre os fios platinados, que se destacam nas telas, Larissa não nega que dá trabalho mantê-los saudáveis. “Por eu ser loira natural, chego nesse tom apenas com água oxigenada de 20 volumes, o que ajuda muito. Mesmo assim, não existe banho de shampoo e condicionador. Sempre tem que ter reconstrução, hidratação ou nutrição. Dá trabalho, mas eu gosto. Sempre quis que ele fosse assim”, garante.