Muita gente sonha em fazer parte do Balé do Faustão. Só que para chegar ao nível profissional das bailarinas é preciso muito treino e estudo, mas nada impede de se jogar no samba. Quem garantiu isso foi Madu Fraga, a bailarina que é uma das especialistas do ritmo no programa.

Durante a participação do sambista Dudu Nobre no Churrascão do Faustão desta sexta-feira (29), a dançarina se destacou ao fazer um solo de samba enquanto o cantor animava o auditório. Veja o momento:

Em entrevista ao site do Faustão na Band, Madu afirmou que todos são capazes de dançar.

"A dança é para todos, e o samba também. O segredo é treino, é resistência, insistir muito. Tem gente que nasce com o dom, com facilidade, mas todos são capazes de dançar, é só treinar e estudar", disse.

As bailarinas do Faustão têm mais de 50 coreografias diferentes preparadas para abrilhantar o palco durante as apresentações dos artistas, entrada e saída dos quadros e intervalos comerciais do programa. Ana Paula Guedes e Suellem Morimoto são as responsáveis por coreografar o balé.

Os solos são momentos da coreografia em que uma das bailarinas se afasta do corpo de balé e se destaca sozinha. Elas ensaiam o momento em que o solo vai acontecer, mas a performance fica por conta da dançarina escolhida.

História no samba

O mundo do samba foi o que levou Maria Eduarda Fraga a se apaixonar pela dança. Nascida em São Paulo, Madu frequentou desde quando era apenas um bebê a quadra da escola de samba Vai-Vai, onde se tornou sambista profissional. A passista tem uma história com sua escola do coração, com quase 20 anos de atuação profissional no Carnaval paulista.  

Pela familiaridade com o ritmo, ela geralmente é a escolhida para executar os solos de samba no palco.

"Como o samba faz parte da minha vida desde o ventre, eu sempre amei dançar. O samba foi o principal, é o que eu mais sei fazer, mas eu amo dançar todos os ritmos. Não só o samba, mas a dança africana, o balé clássico, todo um meio que me influenciou", frisou a bailarina.

Quando Dudu Nobre cantou diversos sambas-enredo históricos do Carnaval, Madu Fraga lembrou de um que marcou sua vida como membro da Vai-Vai. O enredo que homenageou Elis Regina em 2015, que fez a escola campeã paulista.

"Amo os sambas-enredo porque contam histórias incríveis, são poesias. Quando eu pisei na avenida, senti a energia da escola e pensei que precisava desfilar e viver aquilo. Marcou a minha vida. Eu utilizei esse samba em vários momentos da vida", concluiu.