Marília Mendonça: fã foi traída como na música “Infiel” e faz relato emocionante

Um ano após a morte de Marília Mendonça, a Rádio Nativa conta histórias reais que representam exatamente as músicas da cantora; veja

Da Redação, com Rádio Nativa

Marilia Mendonça foi um espetáculo. Em vida, a cantora, que faleceu aos 26 anos, dizia ser dona de "sentimentos exagerados". Por causa deles, criou músicas que marcaram a vida de milhares de fãs, narradas por uma voz única, que conquistou o Brasil. A partida precoce deixou saudade, mas a artista segue viva na poesia de cada uma de suas canções. São obras que, até hoje, conseguem, como ninguém, entender os mistérios e prazeres que um grande amor pode proporcionar.  

Na semana em que completa 1 ano da morte da cantora, a rádio Nativa reuniu histórias reais de fãs que viveram momentos representados por músicas dela. Veja abaixo o quadro “Aconteceu Comigo” com o relato da Denise, que lembra muito a canção "Infiel". Para ouvir, dê o play no vídeo acima!   

“Meu nome é Denise e eu sou mais uma esposa traída. Quando eu conheci o Robson, em 1997, ele era um mulherengo daqueles. Eu sempre soube que ele era safado, não dava bola, não queria saber desse tipo de homem na minha vida. Ainda assim, ele insistia, fazia de tudo para sair comigo e correu atrás de mim por um ano até que, uma noite, na festa de peão aqui da nossa região, eu o encontrei por acaso e, em um momento de carência e farra, acabei cedendo aos encantos dele e nós ficando. Na noite seguinte, ficamos de novo e na terceira vez, ele me pediu em namoro e eu não aceitei.  

Ele insistiu, disse que provaria que me amava e provou mesmo. Eu me apaixonei por esse homem. O Robson mudou, todo mundo percebeu que ele estava apaixonado e eu vi que ele estava levando a nossa relação a sério até que, pouco tempo depois, estávamos oficialmente namorando. Nos casamos em setembro do ano 2000, tivemos dois filhos maravilhosos, e a nossa vida era boa. Tínhamos uns “quebra-pau” de vez em quando, coisa normal entre os casais. Eu tinha um pouco de ciúme dele, sim. Confiava desconfiando, sabe? E por ter o pé atrás, eu marcava em cima. Dava o meu jeitinho pra olhar o celular dele de vez em quando, dava umas incertas no serviço dele, ficava de olho nas redes sociais... Tudo com muita discrição, mas sempre alerta. 

Em 15 anos de casamento, eu nunca tinha pegado nada de errado até que, uma noite, o Robson chegou mais cedo em casa porque passou mal no serviço e estava tomando banho quando chegou uma mensagem no celular dele. Eu vi quando acendeu a luz no bolso da calça e, claro, peguei pra olhar. A mensagem de texto dizia: ‘Cadê você? Na hora, isso já acendeu um alerta em mim: aí tem coisa’.  

Se eu já chegasse pra ele perguntando, ele iria dar um jeito de me dar uma volta e dizer que era coisa do trabalho, então, fiquei na minha. Mas na minha daquele jeito, né? Atenta, esperta...  Meses depois e eu não pegava nada de errado e, quando estava aceitando que talvez não fosse mesmo nada, o Robson começou a ficar estranho. Vivia cansado, meio sem paciência com as coisas de casa, brigando com as crianças e me evitando. Eram os sinais de que ele tinha outra mulher. A partir desse dia foi uma questão de tempo até eu descobrir tudo e esse período não foi nada fácil, eu quase enlouqueci, é muito ruim você viver desconfiada o tempo todo.  

Foi quando uma amiga me deu a ideia de contratar uma detetive particular, dessas que são especialistas em traições. Enquanto a mulher investigava o meu marido na rua, em casa eram brigas e mais brigas. Uma crise como nunca tínhamos enfrentado no casamento. Eu tinha certeza que o Robson estava me traindo, mas gente, no fundo, no fundo, eu não queria saber disso. Eu sofria calada. Até que a detetive me enviou as provas: várias fotos do carro dele parado em frente um prédio, dele entrando com uma moça, e deu até o endereço pra eu ir lá, mas eu não tive coragem.  

Esperei meu marido chegar em casa e chamei ele para conversar. Ele não negou, mas pediu perdão e disse que aquilo nunca mais aconteceria. Não aceitei.  Ele foi embora de casa chorando, dormiu em um hotel e, no dia seguinte, enquanto as crianças estavam na escola, veio buscar as coisas e tentar me convencer de que eu deveria perdoá-lo. No meio da conversa, pediu para ficar uns dias até arrumar um lugar pra ficar e eu acabei deixando. Até para ter mais tempo de explicar tudo pros nossos filhos.  

Apesar da raiva que eu senti e da vontade de gritar que o pai deles não prestava, que era infiel e que me fez muito mal, eu pensei no melhor pra eles e o Robson ficou. Mas era impressionante como, a cada vez que íamos conversar sobre a separação com as crianças, acontecia alguma coisa. Primeiro a Isabela teve uma virose e ficou muito doentinha. Uma semana depois, o Miguel, meu filho mais velho, teve apendicite e precisou ser operado às pressas. O Robson acabou ficando um mês em casa até que finalmente nós contamos para as crianças, pais e amigos sobre a separação e ele foi embora de vez da minha casa, da minha vida e do meu coração. 

Acabou indo morar com a outra que, claro, ficou toda feliz desfilando com o homem maravilhoso que ela achava que tinha ganho. Um tempo depois, descobri que essa aí não foi a única e o Robson me traiu com outras duas mulheres e eu nem percebi nada. Já faz quase 7 anos que nós nos separamos e ele não mudou nada, esses dias me contaram que ele ainda é infiel, mas agora é com a outra." 

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