Em entrevista à US Weekly, Joshua Silverstein, namorado da época de juventude de Meghan Markle, defendeu a duquesa sobre as recentes acusações de que teria praticado assédio moral contra assessores do Palácio de Kensington, enquanto vivia no Reino Unido. Ele disse à revista: “Eu não consigo imaginar Meghan intimidando funcionários reais. Eu a vejo fazendo tudo o que ela sente que deveria fazer para ser feliz e coexistir dentro de um sistema que não tem sido muito receptivo a quem ela é e de onde vem”.
Joshua segue sendo amigo de Meghan e acrescentou: “Quando você vê mulheres de cor, especialmente mulheres negras, defendendo-se e falando abertamente sobre o que sentem o fato é tratado como desrespeito ou opressão. Muitas vezes as pessoas brancas tendem a classificar isso de maneira negativa porque elas não querem que isso aconteça. É quase como se esperasse que as pessoas de cor soubessem o seu lugar e sempre que elas não concordassem com isso, as pessoas brancas dizem que é um problema”.
“Ela [Meghan] provavelmente está tendo que tomar decisões difíceis e desconfortáveis ??para apenas ser capaz de sorrir no dia seguinte. É disso que se trata a vida: tomar decisões difíceis para que você possa viver para que você prospere como a pessoa que deseja ser. Contanto que ela esteja feliz e ele [Harry] feliz, isso é tudo que importa”, concluiu Joshua.
Para entender o caso
Em 3 de março, o jornal britânico The Times publicou um relatório em uma reportagem na qual assessores da realeza britânica confirmaram terem sido vítimas de assédio moral por parte de Meghan Markle. De acordo com o jornal, um dos assistentes pessoais mais próximos da duquesa de Sussex teria feito uma denúncia de intimidação durante a sua estadia no Palácio de Kensington.
Jason Knauf, hoje CEO da Fundação Real do Duque e Duquesa de Cambridge (The Royal Foundation of The Duke and Duchess of Cambridge, no original) e antes secretário de comunicações do príncipe Harry e Meghan Markle, informou um comportamento abusivo de Meghan em relação a ex-funcionários do palácio. Os episódios de assédio moral teriam sido relatados à Simon Case, secretário pessoal do príncipe William, e à chefe de Recursos Humanos da Clarence House.
Em um email enviado por Jason Knauf, ele declara: “Parece que a duquesa [Meghan Markle] sempre tem alguém na mira. Está assediando a Y e tratando de minar a sua própria segurança. Não paramos de receber informes de pessoas que foram testemunhas de atitudes inaceitáveis com relação a Y”. Na mesma mensagem, o ex-funcionário de Meghan se mostra “muito preocupado” pelo assédio a dois empregados, que haviam abandonado o palácio de Kensington, e pelo estresse laboral de outra ex-funcionária de Meghan, Samantha Cohen, que foi sua secretária pessoal.
De acordo com o The Times, o próprio príncipe Harry teria se reunido com Knauf para pedir que não fosse adiante com o assunto. Ao ver que suas reclamações não tinham efeito, ele pediu demissão do posto que ocupava e foi realocado como CEO da Fundação Real do Duque e Duquesa de Cambridge.
A resposta oficial
Na época, o porta-voz de Harry e Meghan Markle negou todas as informações publicadas no The Times e disse que o jornal tem sido usado pelo Palácio de Buckingham para publicar informações falsas sobre o casal dias antes da entrevista reveladora dos dois à apresentadora Oprah Winfrey, que foi exibida nos Estados Unidos em 7 de março e no dia posterior no Reino Unido.
“Não é por acaso que essas velhas e distorcidas acusações destinadas a minar a imagem da Duquesa estão vazando para a mídia britânica pouco antes que o Duque e que ela falem abertamente e honestamente sobre sua experiência nos últimos anos”, informa o comunicado ao The Times.
Em resposta, o Palácio de Buckingham divulgou um comunicado dizendo que o RH analisaria o problema: “Estamos muito preocupados com a informação divulgada no The Times após alegações feitas por ex-funcionários do duque e da duquesa de Sussex. Da mesma forma, nossa equipe de recursos humanos analisará as circunstâncias descritas no artigo. Os membros da equipe envolvidos no momento, incluindo aqueles que deixaram a família real, serão convidados a participar para ver se as lições podem ser aprendidas. A Royal Household tem uma política de dignidade no trabalho em vigor há vários anos e não tolera intimidação ou assédio no local de trabalho”.
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