Erasmo Carlos, que morreu nesta terça-feira (22), aos 81 anos, foi um dos grandes nomes da música popular brasileira. Percursor da Jovem Guarda, ele revelou, em entrevista ao Faustão na Band, em abril deste ano, que foi vítima de intolerância no começo da carreira.
“Muita gente não sabe, mas [sofremos] muito preconceito religioso. Me lembro do tempo em eu tocava no “Renato e Seus Blue Caps” e fomos proibimos de tocar em Feira de Santana na Bahia e em Ilhéus. A igreja não deixou, os padres não deixaram a gente entrar nem na cidade”, recordou.
Ainda no papo com Fausto Silva, o cantor deu detalhes do período conturbado. “Éramos acusados de fazer música do demônio, aquela dança maldita, a música que desvirtuava a cabeça da “moçoilas” e dos “raparigos”. A gente era proibido, era visto assim com esse olhar e a polícia ficava em cima.”