Em 'Never Too Late', um Elton John competente, mas sem novidades

Por Estadão Conteúdo

Sir Elton John, lenda da música pop, aposentado dos palcos aos 77 anos, recentemente revelou que perdeu a visão do olho esquerdo após contrair uma infecção. Em setembro, ao lançar o documentário Elton John: Never Too Late no Festival de Cinema de Nova York, o cantor afirmou: "Não sobrou muito de mim. Não tenho amígdalas, adenoides nem apêndice. Também não possuo próstata, quadril direito ou joelhos".

Por isso, havia expectativa de que os problemas de saúde recentes do músico pudessem ser abordados no filme de 1h40, já disponível no Disney+. Mas não é o caso.

Em vez disso, Reginald Dwight (seu nome de batismo) reabre as principais feridas emocionais de sua vida - já expostas no livro Eu, Elton John (Ed. Planeta) - numa produção sem novidades dirigida por seu marido David Furnish e o cineasta R.J. Cutler, que já fez filmes sobre John Belushi e Marlon Brando.

A simbiose com a autobiografia de 2019 é revelada nos minutos iniciais do longa: uma introdução esclarece que os depoimentos são oriundos de horas de entrevistas conduzidas por Alexis Petridis, jornalista que o ajudou na concepção do livro.

Altos e baixos

As narrações são sobrepostas a imagens antigas e intercaladas a filmagens recentes da turnê de despedida Farewell Yellow Brick Road (que não passou pelo Brasil), encerrada no Dodger Stadium, em Los Angeles. A gravação do show, com participação de Dua Lipa, está disponível na íntegra na plataforma.

Ao longo do filme, o Capitão Fantástico repassa os altos e baixos de uma vida regada a abusos, traumas e vícios. O problema é que tudo isso já foi abordado na cinebiografia Rocketman (2019), estrelada por Taron Egerton. Outra história conhecida e revisitada é a parceria com John Lennon, em 1974. Os astros colaboraram na canção Whatever Gets You Thru the Night e depois fizeram duetos históricos no Madison Square Garden, em Nova York.

O projeto também serve de plataforma para a divulgação da música inédita Never Too Late, que aparece nos créditos finais e foi pré-indicada para o Oscar como melhor canção original.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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