Dia de Iemanjá: Lembre cinco novelas e produções que trazem a orixá do mar

No dia 2 de fevereiro, dedicado à rainha das águas, conheça obras que homenageiam a divindade

Da Redação

Dia de Iemanjá: Lembre cinco novelas e produções que trazem a orixá do mar
Iemanjá
Agência Brasil

Celebrado em 2 de fevereiro, o Dia de Iemanjá é uma data especial para os praticantes de religiões afro-brasileiras e para os devotos da orixá do mar. Além das festividades e homenagens, Iemanjá também marcou presença em diversas produções televisivas, trazendo sua representatividade e simbolismo para as telinhas. Ou seja, um sucesso pop!

Confira abaixo cinco novelas que trouxeram a figura de Iemanjá para o centro das narrativas:

  • "Porto dos Milagres" (2001): "Iemanjá, odoyá, odoyá, rainha do mar", cantava Gal Costa na abertura de "Porto dos Milagres", exibida entre fevereiro e setembro de 2001. A produção assinada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares tinha o candomblé como o pano de fundo de suas tramas e a figura de Iemanjá guiava a história do pescador Guma, interpretado por Marcos Palmeira;
  • “Barravento” (1961): No audiovisual brasileiro, Iemanjá aparece como elemento importante. Em “Barravento”, primeiro longa de Glauber Rocha, o orixá concede proteção a Aruã (Aldo Teixeira) em troca da castidade do rapaz;
  • “O canto da Sereia” (2013): Na minissérie da TV Globo, o orixá é objeto da devoção da cantora de axé vivida por Ísis Valverde. A produção é inspirada no livro “O canto da sereia - um noir baiano”, de Nelson Motta;
  • “Mulheres de areia” (1973): A orixá está até em abertura de novelas. Quem escuta: “A noite vai ter lua cheia. Tudo pode acontecer”, trecho da música “Sexy Iemanjá”, lembra inevitavelmente da abertura da trama de Mulheres de Areia, exibida na TV Globo nos anos 1990, e que foi reprisada pela emissora no ano passado;
  • “Verão 90” (2019): Na trama, Mercedes (Totia Meirelles) está decidida a prejudicar Janaína (Dira Paes) a abrir seu restaurante, o “Sua Praia”. Ela tenta impedir a inauguração do restaurante da cozinheira, que pede ajuda a Iemanjá para realizar o sonho e acaba conquistando o que desejou. Ela constrói um altar para a orixá. 

Iemanjá na música

Com devotos espalhados por todo o Brasil, inclusive diversos músicos, como Dorival Caymmi e Clara Nunes, a Rainha do Mar foi homenageada em muitas canções e suas características também foram popularizadas em versos cantados. Veja alguns abaixo: 

  • Iemanjá, rainha do mar, Maria Bethânia
  • Iemanjá, Gilberto Gil
  • Caminhos do mar, Gal Costa
  • O mar serenou, Clara Nunes
  • Dois de fevereiro, Dorival Caymmi
  • Lenda das sereias, Marisa Monte
  • Sexy Iemanjá, Pepeu Gomes
  • Sá Janaína, Fundo de Quintal
  • Canto para Iemanjá, Baden Powell e Vinícius de Moraes
  • Banho, Elza Soares

Quem é Iemanjá na Umbanda e no Catolicismo?

Na Umbanda, Iemanjá é considerada uma das principais divindades, representando a mãe protetora e a energia feminina. Ela é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, uma das formas como os praticantes católicos a reverenciam. Nessa fusão religiosa, Iemanjá é associada à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, compartilhando atributos como a maternidade, a proteção e a benevolência. 

No entanto, nas religiões afro-brasileiras, Iemanjá é cultuada como uma divindade independente, regente das águas salgadas, protetora dos pescadores e das famílias. Sua festa, realizada em 2 de fevereiro, é marcada por oferendas, rituais e procissões que homenageiam a rainha do mar.

Comemorações do dia

O nome Iemanjá tem suas raízes no idioma africano yorubá, derivando do termo "Yéyé Omó Ejá", que, em tradução literal, significa "mãe cujos filhos são peixes". Reverenciada tanto na Umbanda quanto no Candomblé, ela é amplamente reconhecida como a mãe de grande parte dos orixás, manifestando-se como uma figura materna e poderosa nas religiões de matriz africana.

Desde a década de 1920, o bairro de Rio Vermelho, em Salvador (BA), recebe todo dia 2 de fevereiro uma festa marcada no calendário religioso e popular, para homenagear Iemanjá. 

A data foi tombada como Patrimônio Imaterial desde 2021, é considerada a maior festa afro-religiosa no país. A programação no Rio inclui uma grande festa no Arpoador, além de um cortejo na Zona Portuária e sambas. Em outros estados a data é muito comemorada com festas, procissões e cortejos.

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