Deolane Bezerra poderia se pronunciar na saída da prisão? Veja o que se sabe

A influenciadora deixou o presídio, a Colônia Penal Feminina do Recife, na tarde desta quarta-feira, 9 de setembro

Da Redação

A influenciadora digital e advogada, Deolane Bezerra, acaba de deixar o presídio, a Colônia Penal Feminina do Recife, onde estava presa. Solange Bezerra, sua mãe, segue detida e, segundo informações, ela não poderia falar com a imprensa, já que a investigação segue em andamento. 

O pedido foi concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que concedeu prisão domiciliar à empresária. Ela deverá usar tornozeleira eletrônica. A justiça considerou Deolane ter uma filha menor de 12 anos.

Na decisão, a autoridade judicial determinou que Deolane deverá permanecer "sem contato com os outros investigados, no seu endereço residencial, inclusive finais de semana e feriados". Além disso, ela não pode ter acesso às redes sociais e nem dar entrevistas. 

Com bastante tumulto, a advogada deixou a prisão por volta das 15h desta segunda-feira (9). Acompanhada das irmãs e dos advogados, antes de entrar em um carro de luxo, ela negou entrevistas aos repórteres, mas não saiu calada, usou a porta da frente, e foi a pé falar com o público:

“Essa aqui é uma prisão criminosa, não tem nenhuma prova contra mim. Cheia de abuso de autoridade. Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada", declarou Deolane, que está usando tornozeleira eletrônica. “Agradeço a todos [meus fãs] e nenhum vai se arrepender”, disse a famosa.

A influenciadora ainda aparece pegando o microfone de um repórter para reforçar: “Essa prisão é criminosa”. Logo em seguida, ela entrou no veículo. 

Nas redes sociais, a equipe da advogada publicou uma foto com um ‘x’ na boca. 

“Minha irmã não pode falar” 

Ainda na saída da prisão, Danielle Bezerra, irmã de Deolane, explicou: 

“Não sei se vão me silenciar também, não sei se vou ser presa, sei que a Justiça desse país deve estar com vergonha. Liberaram a Deolane, com prisão domiciliar, medida cautelar para ela não poder abrir a boca. Minha irmã não pode falar, não pode aparecer nas redes sociais, não pode nem sequer dar uma declaração pública, estão tratando ela como uma criminosa, que ela não é”, completou.

Habeas Corpus concedido

A informação da liberdade foi divulgada pela irmã da influencer, Dayanne Bezerra, em publicação nas redes sociais. “Estamos indo para a porta do presídio. Saiu a decisão e a Deolane foi liberada, mas a minha mãe não. É uma prisão injusta, arbitraria (...). Minha mãe é inocente, não tem nada que justifique essa prisão”, disse Dayanne Bezerra em publicação nas redes sociais. 

As irmãs e advogados de Deolane Bezerra ficaram no presídio para aguardar a saída da influencer da prisão. Outras duas mulheres presas na mesma operação também tiveram o habeas corpus concedido pela Justiça, são elas: Maria Eduarda Quinto Filizola, mulher de Darwin Filho, do Esporte da Sorte; e Marcela Tavares Henrique da Silva Campos. 

Os trâmites judiciais da Operação Integration tramitam em segredo de justiça. 

Deolane diz que é inocente 

Deolane Bezerra escreveu uma nova carta, publicada neste domingo (8) na página oficial dela no Instagram. No recado aos mais de 21 milhões de seguidores, a influenciadora e advogada citou mais uma vez que é inocente. 

"Agradeço imensamente o carinho e apoio. Tenham certeza que não irão se arrepender, afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente e não há uma prova sequer", escreveu. 

Na nova carta, Deolane afirmou que irá aguardar os prazos para conseguir sair da prisão. "Tá demorando né? Sim, as coisas para mim sempre foram mais difíceis, mas como operadora do direito, sigo aguardando os prazos", afirmou. 

Entenda o caso 

A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa nesta quarta-feira (4), no Recife (PE), em uma operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Solange Bezerra, a mãe de Deolane, também foi detida. 

Foram expedidos 19 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão e medidas cautelares — como sequestro de bens, incluindo carros de luxo, imóveis, embarcações e aeronaves — na capital de Pernambuco, em Campina Grande (Paraíba), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR), e Goiânia (GO). Na execução estão sendo empregados 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. 

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a investigação foi “iniciada em abril de 2023, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro”. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais