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Daniela Mercury rejeita que axé esteja ultrapassado: "Estamos vivos e produzindo"

Rainha do Axé falou com exclusividade à Band sobre as transformações da música baiana ao longo dos anos e força do gênero em todo o Brasil

Por Bruno Costa

Quando lançou 'O Canto da Cidade, em 1992, o segundo álbum da carreira, Daniela Mercury não imaginava a transformação que a indústria musical passaria ao longo dos anos. Precursora do axé music, o gênero que tomou o Brasil nas últimas décadas, a artista rejeita a ideia de que o ritmo esteja ultrapassado.

Em 2024, os números nas plataformas de streaming corroboram o que pensa a cantora baiana. O hit do Carnaval, 'Macetando', da colega Ivete Sangalo, e o pagodão 'Perna Bamba', do grupo Parangolé, alcançaram o topo das músicas mais tocadas no Spotify.

Em entrevista à Band, na Festa de 10 anos do Spotify, Daniela Mercury reafirmou a potência do axé como gênero e a força dos artistas baianos na música popular brasileira.

"O axé virou tudo que a gente produz na Bahia para dançar. A gente é especialista nisso no mundo, vamos sempre ser um polo de produção de cultura, arte, dança. Os artistas de outras linguagens estão indo pras nossas festas", disse.

"Estamos vivos, produzindo e apontando para o futuro", completou.

Rainha do Axé

São dezenove CDs e sete DVDs gravados em mais de trinta anos de carreira. É impossível analisar artistas brasileiras femininas hoje sem olhar para o que Daniela Mercury construiu no passado. Alçada ao título de "Rainha do Axé", ela sabe que números de plays em plataformas de streamings são importantes, mas não contam uma história:

"Eu tenho uma carreira de muitos anos, shows, e eu sempre fiquei muito curiosa sobre o que ficou na memória, afeto. O corpo a corpo faz muita diferença. Quando eu lancei e vendi 20 milhões de discos, é gostoso, mas muito mais é saber que você tem uma base de pessoas que te escutam e gostam do que você faz", concluiu.

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