Nossa ouvinte Bruna Ferreira escreve contando que tem uma cachorrinha da raça Llhasa Apso, que adotou de uma tia dela quando ela tinha 8 meses. “Hoje, Manuela está com 2 anos e não é nada amigável. Morde quando vamos fazer carinho, não obedece e quando levamos ela nessa nossa tia, ela volta mordendo a gente, porque não queria voltar. Acho que ela sente muita falta da antiga dona, o que fazer?”, contou.
Bruna, é uma situação supercomplicada, né? Porque, assim, 8 meses ela já tinha estabelecido um vínculo com a sua tia. Então, normalmente, os cães fazem um vínculo muito forte com uma pessoa, ou duas pessoas, da família, mas, depois, se eles forem adotados ou se forem parar em outro lugar, também reconstroem laços e fazem vínculos com outras pessoas. Mas, a primeira pergunta que eu quero te fazer é: será que sua tia não gostaria de tê-la de volta? Isso talvez fosse mais interessante.
Se isso não for possível, você precisa construir momentos afetivos com ela. É difícil a gente falar sobre uma coisa tão delicada quanto essa, pois sei que tem efeito bola de neve: quanto mais ela morde, menos vocês chegam perto dela, menos vocês conseguem construir laços afetivos e momentos bacanas... mas, tudo o que você precisa fazer com ela é construir excelentes momentos. Isso para que te tenha como grande referência afetiva. Então, você precisa tentar descobrir maneiras de sempre tentar agradá-la – e em momentos chaves – em que ela esteja relaxada, em que ela esteja calma. Proporcionar coisas que ela goste, como passeios. É preciso construir essa conexão.
Participe também da nossa coluna enviando a sua dúvida para eobicho@bandnews.com.br, ou então pelo Instagram: @manukarsten. OUÇA MAIS COLUNAS DA MANU KARSTEN NA RÁDIO BANDNEWS FM.