Cães e gatos também podem sofrer com depressão e ansiedade

Médica veterinária diz que tutores devem ficar atentos a qualquer sinal de alteração comportamentaldepres

Por Juliana Finardi

Depressão e ansiedade não são problemas exclusivamente humanos. Cães e gatos também podem sofrer dos mesmos males e os tutores devem ficar atentos a qualquer sinal de alteração comportamental.

A médica veterinária da Brazilian Pet Foods, Dorie Zattoni, explica que, tanto em cães quanto nas pessoas, a ansiedade é simplesmente uma forma de reação a certas situações problemáticas. Mas, quando ela supera certa intensidade ou ultrapassa a capacidade de adaptação, passa a ser patológica. “A ansiedade surge quando o cão tem a expectativa de que algo de ruim está para acontecer”, explica a especialista.

De acordo com Dorie, quando a ansiedade é patológica, os sintomas possíveis são estado de alerta contínuo, hiperatividade, lambedura excessiva, queda de pelo, problemas digestivos, uivos, tremores, gemidos, latidos em excesso, medo exagerado, agressividade e comportamentos destrutivos, que podem aumentar quando os cães ficam sozinhos.

No caso dos gatinhos, também pode haver depressão e ansiedade tanto pela ausência do tutor quanto pela ausência de um companheiro pet (que faleceu, por exemplo). "Sabemos que assim como nós humanos, uma das emoções que os gatos podem expressar é o sentimento de luto vinculado à perda de um membro da família”, afirma Dorie.

O segredo para que o tutor perceba algum problema, já que os felinos são campeões em esconder fragilidades, dores ou qualquer desconforto, é observar as mudanças de comportamento, qualquer atitude fora do usual de um gatinho pode ser indício de alteração em seu estado de saúde. “Por exemplo, se seu gato começa a miar mais frequentemente, passa mais tempo isolado ou até mesmo se torna mais carinhoso, é importante passar por consulta veterinária”, indica a especialista.

Tanto a ansiedade quanto a depressão requerem levar o animal (cão ou gato) ao veterinário. A especialista afirma que, se confirmado o diagnóstico, o mais indicado é a terapia comportamental, conduzida por um etólogo, ou especialista em comportamento animal. “Existem também medicamentos que podem ajudar, mas estes precisam sempre ser recomendados por um profissional”, reforça.

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