No primeiro show da “Soy Rebelde Tour” do RBD em São Paulo, no domingo (12), no Estádio do Morumbi, Christian Chávez declarou seu amor pelo Brasil e pelos brasileiros após a performance da música “I Wanna Be The Rain”. O cantor é um dos porta-vozes da diversidade no México, país que ainda é muito conservador.
“Eu sempre falo que na minha vida passada fui brasileiro. É uma coisa que fica dentro de mim. Uma luz ou algo que me conecta muito com vocês. Aprendi português há mais de cinco anos e fiz por vocês, que sempre demonstraram o tamanho do amor que tem por mim”, disse aos fãs.
O cantor ainda aproveitou para incentivar os fãs a seguirem os sonhos — o que é quase um mantra dessa turnê, visto que Dulce Maria, Anahí e Maitê também fizeram discursos nesse sentido. “Sabem de uma coisa? Agora volto com 40 anos, e sou eu. Finalmente sou eu. E a mensagem mais importante para hoje é: seja você. Nunca é tarde. É a sua vida. Se quer usar maquiagem use. Se quiser ser quem quiser, seja meu amor. Se alguém não quiser: “Que se F*da” , completa com ajuda dos fãs.
Enquanto recebia o amor do público que gritava “Christian, eu te amo”, o cantor mostrou que realmente está inteirado com a língua portuguesa e até soltou uma gíria: “Mano, eu não acredito que estou aqui com vocês”, falou.
No primeiro show da turnê no Brasil, no Engenhão, Rio de Janeiro, um discurso do cantor também repercutiu na Internet. “A homossexualidade não é pecado! A transexualidade não é pecado! HIV+ não é pecado! Você merece ser quem você quiser. Você se ama e se respeita! E se alguém não quiser… que se f*da!”, discursou o artista que assumidamente é portador da doença.
Em 2020, Christian foi alvo da imprensa mexicana, porque um garoto de programa afirmou ter sido infectado com HIV após um relacionamento sexual sem preservativo com o cantor. O integrante da banda aproveita a visibilidade para desestigmatizar os portadores do vírus.
Entre seus mais recentes trabalhos, como “La Casa de las Flores” e a ainda inédita “El Rey de los Machos”, tratam de temas como homossexualidade, identidade transgênero, e discriminação em culturas conservadoras. O personagem gay que ele faz em “La Casa de las Flores” é assassinado brutalmente.