Melquisedeque Marins Marques, conhecido como “Quinho do Salgueiro”, morreu na última terça-feira (3), aos 66 anos, de insuficiência respiratória. A informação do falecimento do músico e intérprete carioca foi divulgada pela Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro pelas redes sociais.
“Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval”, escreveu a escola no X, antigo Twitter.
O músico, que lutava contra um câncer de próstata desde 2022, faleceu no Hospital Evandro Freite, na Ilha do Governador, no RJ. A despedida acontecerá nesta quinta-feira (04), na quadra da agremiação, no Andaraí, Zona Norte do Rio, das 15h às 20h. Na sexta (05), o corpo do intérprete será velado na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, a partir das 9h. O sepultamento acontecerá às 13h.
No X, o Salgueiro produziu um compilado de informações sobre Quinho, considerado uma das maiores vozes do carnaval carioca:
“Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro. Desde o início, nos anos 90, quando liderou o samba "Peguei um Ita no Norte", até seu retorno triunfante em 2003”.
A escola também relembrou a vitória de 2009 com o enredo “Tambor” e escreveram como o cantor fará falta não apenas no Carnaval, mas na vida daqueles conviveram com ele:
“E a gloriosa vitória em 2009 com o enredo "Tambor", Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola. Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta (...) a sua ausência deixa um vazio indescritível. Hoje, não choramos apenas a perda de um grande artista; choramos a partida de um membro querido da nossa família. ”
Entre tantos sucessos, o samba “Explode Coração” marcou a carreira do cantor. O hit, campeão com o Salgueiro em 1993, é cantado até hoje pelas torcidas do Flamengo, Fluminense e Athletico-PR para apoiar os clubes. Botafogo, o time do coração de Quinho, deixou uma homenagem ao cantor nas redes sociais: