Janaina Prazeres mudou radicalmente de vida. Momentos antes de desfilar pela primeira vez no Carnaval, como a nova musa da bateria da Acadêmicos do Tatuapé, ela falou sobre as críticas que recebeu por ter abandonado a religião na qual cresceu.
"É difícil receber as críticas porque é uma religião que eu amo. Eu respeito as opiniões e espero que a gente esteja aqui para ser amor, ser luz a não julgar os outros", declarou.
Janaina lembrou que, ao nascer, não pôde ser batizada com o nome escolhido pelos pais porque o padre se recusou. Ela explicou o episódio.
"Foi muito difícil porque a religião me ajudou muito na minha vida. Em alguns momentos da vida, algumas coisas não encaixam. Todas tem um lado positivo e eu foco nisso. Eu não pude ser batizada na minha cidade porque me chamo Janaina e é um nome do candomblé. O padre não deixou. A minha certidão de batismo é com outro nome, Ana Lúcia. Isso é tão retrógrado. Temos que respeitas todas as religiões", afirmou.
A musa de bateria contou que deixou a religião, mas reconhece a importância de ter pertencido à comunidade de Testemunha de Jeová.
"Era a minha vida, me salvou. Era a minha família. Quando eu fui amadurecendo, algumas ideias vieram e percebi que não concordava tanto. O que faz sentido eu coloco na minha vida, mas eu vou me modificando", disse ela.