A rainha de bateria é uma das principais figuras do Carnaval. Há mais de quatro décadas, o posto é almejado e foi ocupado pelas celebridades por muito tempo. Agora, está cada vez mais dando espaço às joias das comunidades.
Tati Rosa é Rainha de bateria há 3 anos da Acadêmicos da Rocinha, uma escola da Série Prata que desfila na Intendente Magalhães. Sua paixão pela folia vem desde criança, quando participou da ala mirim e, então, foi crescendo e conquistou o cargo mais desejado do Carnaval.
“Uma vez eu vim em um ensaio, e eu me encantei. Não sabia como eu fazia para participar daquilo, mas eu sabia que aquilo me provocava umas sensações diferentes, o ritmo, a dança”, disse Tati.
Evelyn Bastos, é rainha de Bateria da Mangueira há 10 anos, e sua história com o Carnaval também começou na comunidade.
"A rainha de comunidade é diferente, porque ela cresce com o samba nas veias, muito mais do que no pé, nas veias. Ela tem um dendê a mais, um ar especial. É ancestralidade, é espiritual.
“Quando eu fui vivendo o samba ainda criança, eu não queria ser as princesas que eu via nos desenhos, eu queria ser uma rainha de bateria. Ver o olhar das crianças, quando me vê em cena, me transforma e me faz ter a certeza de que eu estou no caminho certo”, finalizou.