Inocentes de Belford Roxo: tudo sobre o desfile na Série Ouro 2025

Inocentes de Belford Roxo desfila na Série Ouro do Carnaval 2025 do Rio de Janeiro; saiba tudo sobre o enredo, comissão de frente, alas, musas e mais:

Enredo: a Inocentes vai reeditar o enredo campeão no Grupo B, em 2008 "Ewe, a cura vem da Floresta", que mostra o poder das plantas medicinais e sua utilização, desde os nossos ancestrais, até os nossos dias. É também, um alerta para que preservemos nossas matas.

Responsável pela comissão de frente: Juliana Frathane

Total de componentes femininos: 11

Total de componentes masculinos: 4

Total de componentes da comissão de frente: 15

Nome do figurino: evocação do espírito da floresta

O que representa: a abertura da escola é a evocação do espírito da floresta, representado pelas folhas dos orixás no corpo dos bailarinos, invocados pela mãe de santo, mãe criadeira e mãe pequena. Eles habitam nos elementos da natureza, simbolizados por folhas de Ossain, o detentor de conhecimento das folhas, que podem curar o corpo e a alma. Tudo na vida gira em torno das folhas para gerar vida terrena e ar para respirar. 

A comissão traz o tripé "O Espírito das Florestas", uma peça central que ilustra a magistral dança da comissão de frente, envolvendo o público em uma profunda imersão nas tradições das religiões de matriz africana. Este elemento cenográfico é estruturado ao redor de um cilindro imponente, adornado com uma folhagem nas laterais, que se destaca em exuberantes tons de verde.

O ritual começa com uma Ialorixá (mãe de santo), figura emblemática do candomblé, cuja presença traz uma aura maternal e protetora. Tendo ao seu lado, a figura de uma "mãe pequena" e uma mãe criadeira, representando uma tradição afro-brasileira, que interagem, criando uma conexão entre gerações de sabedorias ancestrais.

A mãe de santo com seu adja (ferramenta usada em rituais de candoblé para chamar os orixás), invoca o espírito da floresta, e as plantas ganham vida. Logo as cabaças dispostas ao redor do cilindro se abrem, revelando bailarinos que emergem como espíritos das florestas, vestidos de folhas. 

1º casal de mestre-sala e porta-bandeira:

Mestre-sala: Matheus dos Santos 

Porta-bandeira: Jaçanã Ribeiro 

Fantasia: nobreza africana

O que representa: a fantasia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representa os reis e rainhas africanos, que evocavam Ossain para cuidar dos males do corpo e da alma do seu povo.

2º casal de mestre-sala e porta-bandeira:

Mestre-sala: Paulo Erick 

Porta-bandeira: Winnie Delmar

Fantasia: visões indígenas no espelho d’agua

O que representa: o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira representa as visões indígenas resultantes dos chás alucinógenos preparados pelos ancestrais com as ervas naturais e com as águas puras de seus rios.

3º casal de mestre-sala e porta-bandeira:

Mestre-sala: Raison Alves

Porta-bandeira: Ludmyla Paaltiel

Fantasia: o poder medicinal

O que representa: o terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representa o poder medicinal das plantas utilizadas na indústria.

1º setor – Herança ancestral africana

Ala 1: Babá Egun – Sabedoria ancestral

Ala 2: árvore frondosa – Espirito da Floresta

Ala 3: baiana – Mães com conhecimento das folhas

Ala 4: fundamentos de Xangô, Ossain e Iansã

Ala 5: curandeiros africanos

Ala 6: guerreiros de Ossain

Rainha de bateria: Vanessa Rangeli

Ala 7: bateria – Folhas sagradas – Babalossain

Rainha da Inocentes: Georgette Bond

1º alegoria: floresta africana e o legado de Ossain

O que representa:

Na frente da alegoria, um tripé sustentará três esculturas grandiosas que representam escravos de Ossain, o orixá das folhas e da medicina. Logo após uma grande cobra, ícone da sabedoria e da transformação, lembrando a fauna magnífica das florestas africanas. Em uma cabaça aberta, emerge uma grande pomba branca, símbolo da paz e da espiritualidade, representando a ferramenta de Ossain. A pomba segura em suas garras duas folhas de oriri, que têm a forma de coração. 

Destaques principais:

  • Marcos Lerroy (Central Baixo frente) – Fantasia: Tributo a Ossain
  • Rafael Rangel (Meio alto) – Fantasia: Divindade africana

Semi-destaques:

  • Murilo Argolo (Lateral Direito) – Fantasia: Encontro milagroso
  • Martinha Andrade (Lateral Esquerdo) – Fantasia: Prenitude das folhas

Composições:

Significado: povo africano

Muso: Alan Brener (o muso) – Energia do Shakra

Ala 8: divindade cabocla

Ala 9: Ayahusasca – o olho que tudo vê

Musa: Val – Indígenas

Muso: Leandro Modesto – Indígenas

Ala 10: espirito indígena

Musa: Patricia – Seres de luz

Muso: Tiago Azevedo – Espírito de luz

Musa: Lorrany – Seres de Luz

Ala 11: pretos velhos benzedores

Muso: Tiago Rogério – Sincretismo umbandista

Musa: Elaine Caetano – Sincretismo umbandista

2ª alegoria: a cura através da fé e do conhecimento

O que representa:

O segundo carro alegórico está dividido em duas partes, sendo um tributo vibrante à cura que transcende o tempo, unindo a ancestralidade africana e as tradições indígenas brasileiras. Em sua parte frontal, a alegoria exalta a cura através da fé, simbolizada pelas folhas sagradas que, nas mãos de sabedores, transformam-se em garrafadas, defumadores e chás – verdadeiras poções para a alma e o corpo.

Destaques principais:

  • Sérgio Paz (central baixo) – Fantasia: Povo de fé
  • Edmilson Paracambi (central médio) – Fantasia: Terras de Tupã
  • Bia Maranhão (central auto) – Fantasia: Cunhã Poranga

Semi-destaques:

  • Nilo Cesar Barbosa (lateral direito) – Fantasia: Cantos aos deuses
  • Alex (lateral esquerdo) – Fantasia: Ritos sagrados
  • Iarorixá Valéria de D’Osun (lateral direito baixo) – Fantasia: Ialorixá (sacerdotisa candomblecista)
  • Babalorixá Jorge Caribé (lateral esquerdo baixo) – Fantasia: Babalorixá (sacerdote candomblecista)

Composições:

Significados: banho de fé; herdeiros de Tupã e povos originários das terras de Tupã. 

3º setor – esperança de cura

Musa: Valdiene – Sabores que curam

Musa: Sochane – Sabores que curam

Ala 12: coletores de ervas

Musa: Bia Freitas – aromas do chá

Ala 13: a cura através do chá

Musa: Tina Bombom – Garrafadas

Musa: Rayane Moraes – Energizantes

Musa: Paty – Remédios naturais

Ala 14: o ritual das garrafadas

Muso: Jailson de Oliveira – Ciência

Musa: Klaudia Luck – Natureza

Ala 15: união entre a natureza e ciência

Diretor dos passistas: Yago Sensação – Natureza

Musa: Índia Zurich – Fauna brasileira

Musa mirim: Lara – Flora e fauna

Ala 16: passistas – Preservação ambiental

Ala 17: produção de cosméticos

Musa: Pamela – Sabedoria

Musa: Veronika Lálová – Sabedoria

Ala 18: sabedoria de pretos, indígenas e caboclos

Musa: Marisa Furacão – ancestralidade e ciência

Muso: Ian Sollis – ancestralidade e ciência

Ala 19: Sankofa – curandeiros, médicos e bioquímicos

Musa: Debi Biondi – ciência e fé

3º alegoria: união da sabedoria ancestral com a ciência

O que representa:

O terceiro carro alegórico é uma celebração vibrante e poética da convergência dos saberes das antigas civilizações, enfatizando a rica cultura que se entrelaça entre os povos africanos e indígenas, destacando a sabedoria das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda.

Destaques Principais:

  • Paulo Cesar (central baixo) – Fantasia: natureza conjugada a ciência
  • Ronaldo Barros (central alto) – Fantasia: astro rei
  • Semi-destaques:
  • Tiago Prior (lateral direito baixo) – Fantasia: Sementes da salvação
  • Paulo Cesar (lateral esquerdo baixo) – Fantasia: Folhas da salvação
  • Maria Eduarda Limeira (lateral direito médio) – Fantasia: Árvores frondosas
  • Maria Vitória Limeira (lateral esquerdo – médio) – Fantasia: Árvores frondosas
  • Rayane Moraes (lateral direito médio) – Fantasia: Sankofa
  • Surama Wilker (lateral esquerdo médio) – Fantasia: Sankofa
  • Ellen Pérola (lateral direito médio) – Fantasia: África de todos
  • Marcos Vinicius (lateral esquerdo médio) – Fantasia: África de todos

No carro alegórico também, presente:

A velha-guarda da Inocentes de Belford Roxo; membro mais antigo: Plínio Athaíde, 88 anos.

Musa: Barbie do samba – o bailar das folhas

Ala 20: compositores – poetas das folhas

Samba-enredo:

Ewe, a cura vem da floresta
Ewe ôô em banto é catendé
Ossaim o protetor do poder de curar
Na fé nagô o orixá
Que busca no seio da selva
A seiva para preparar
O sumo o banho a magia
Magia que veio de lá

Da negra mãe não só ossaim
Vem de Angola, Jejê, Nagô
Xangô tentou Oyá trouxe o vento
Mas o fundamento o pai guardou

Folhas da Salvação semente
Encontro Milagroso
Com o poder medicinal
Plantas da nobre terra de tupã
A luz de um novo amanhã é natural
Da reza pra acabar com o quebranto
A Fumaça é o encanto do cachimbo da vovó
A natureza conjugada a ciência
No combate à doença
Remédio que me faz melhor

O meu coração é Inocentes
De Belford Roxo meu amor eu sou feliz
O corpo são conduz a mente
Eu sigo em frente
Vou na força da raiz

Autores do samba-enredo: Claudio Russo, Nino do Milênio, Carlinhos do Cavaco, Tem Tem Júnior.

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