Enredo: a Inocentes vai reeditar o enredo campeão no Grupo B, em 2008 "Ewe, a cura vem da Floresta", que mostra o poder das plantas medicinais e sua utilização, desde os nossos ancestrais, até os nossos dias. É também, um alerta para que preservemos nossas matas.
Responsável pela comissão de frente: Juliana Frathane
Total de componentes femininos: 11
Total de componentes masculinos: 4
Total de componentes da comissão de frente: 15
Nome do figurino: evocação do espírito da floresta
O que representa: a abertura da escola é a evocação do espírito da floresta, representado pelas folhas dos orixás no corpo dos bailarinos, invocados pela mãe de santo, mãe criadeira e mãe pequena. Eles habitam nos elementos da natureza, simbolizados por folhas de Ossain, o detentor de conhecimento das folhas, que podem curar o corpo e a alma. Tudo na vida gira em torno das folhas para gerar vida terrena e ar para respirar.
A comissão traz o tripé "O Espírito das Florestas", uma peça central que ilustra a magistral dança da comissão de frente, envolvendo o público em uma profunda imersão nas tradições das religiões de matriz africana. Este elemento cenográfico é estruturado ao redor de um cilindro imponente, adornado com uma folhagem nas laterais, que se destaca em exuberantes tons de verde.
O ritual começa com uma Ialorixá (mãe de santo), figura emblemática do candomblé, cuja presença traz uma aura maternal e protetora. Tendo ao seu lado, a figura de uma "mãe pequena" e uma mãe criadeira, representando uma tradição afro-brasileira, que interagem, criando uma conexão entre gerações de sabedorias ancestrais.
A mãe de santo com seu adja (ferramenta usada em rituais de candoblé para chamar os orixás), invoca o espírito da floresta, e as plantas ganham vida. Logo as cabaças dispostas ao redor do cilindro se abrem, revelando bailarinos que emergem como espíritos das florestas, vestidos de folhas.
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira:
Mestre-sala: Matheus dos Santos
Porta-bandeira: Jaçanã Ribeiro
Fantasia: nobreza africana
O que representa: a fantasia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representa os reis e rainhas africanos, que evocavam Ossain para cuidar dos males do corpo e da alma do seu povo.
2º casal de mestre-sala e porta-bandeira:
Mestre-sala: Paulo Erick
Porta-bandeira: Winnie Delmar
Fantasia: visões indígenas no espelho d’agua
O que representa: o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira representa as visões indígenas resultantes dos chás alucinógenos preparados pelos ancestrais com as ervas naturais e com as águas puras de seus rios.
3º casal de mestre-sala e porta-bandeira:
Mestre-sala: Raison Alves
Porta-bandeira: Ludmyla Paaltiel
Fantasia: o poder medicinal
O que representa: o terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representa o poder medicinal das plantas utilizadas na indústria.
1º setor – Herança ancestral africana
Ala 1: Babá Egun – Sabedoria ancestral
Ala 2: árvore frondosa – Espirito da Floresta
Ala 3: baiana – Mães com conhecimento das folhas
Ala 4: fundamentos de Xangô, Ossain e Iansã
Ala 5: curandeiros africanos
Ala 6: guerreiros de Ossain
Rainha de bateria: Vanessa Rangeli
Ala 7: bateria – Folhas sagradas – Babalossain
Rainha da Inocentes: Georgette Bond
1º alegoria: floresta africana e o legado de Ossain
O que representa:
Na frente da alegoria, um tripé sustentará três esculturas grandiosas que representam escravos de Ossain, o orixá das folhas e da medicina. Logo após uma grande cobra, ícone da sabedoria e da transformação, lembrando a fauna magnífica das florestas africanas. Em uma cabaça aberta, emerge uma grande pomba branca, símbolo da paz e da espiritualidade, representando a ferramenta de Ossain. A pomba segura em suas garras duas folhas de oriri, que têm a forma de coração.
Destaques principais:
- Marcos Lerroy (Central Baixo frente) – Fantasia: Tributo a Ossain
- Rafael Rangel (Meio alto) – Fantasia: Divindade africana
Semi-destaques:
- Murilo Argolo (Lateral Direito) – Fantasia: Encontro milagroso
- Martinha Andrade (Lateral Esquerdo) – Fantasia: Prenitude das folhas
Composições:
Significado: povo africano
Muso: Alan Brener (o muso) – Energia do Shakra
Ala 8: divindade cabocla
Ala 9: Ayahusasca – o olho que tudo vê
Musa: Val – Indígenas
Muso: Leandro Modesto – Indígenas
Ala 10: espirito indígena
Musa: Patricia – Seres de luz
Muso: Tiago Azevedo – Espírito de luz
Musa: Lorrany – Seres de Luz
Ala 11: pretos velhos benzedores
Muso: Tiago Rogério – Sincretismo umbandista
Musa: Elaine Caetano – Sincretismo umbandista
2ª alegoria: a cura através da fé e do conhecimento
O que representa:
O segundo carro alegórico está dividido em duas partes, sendo um tributo vibrante à cura que transcende o tempo, unindo a ancestralidade africana e as tradições indígenas brasileiras. Em sua parte frontal, a alegoria exalta a cura através da fé, simbolizada pelas folhas sagradas que, nas mãos de sabedores, transformam-se em garrafadas, defumadores e chás – verdadeiras poções para a alma e o corpo.
Destaques principais:
- Sérgio Paz (central baixo) – Fantasia: Povo de fé
- Edmilson Paracambi (central médio) – Fantasia: Terras de Tupã
- Bia Maranhão (central auto) – Fantasia: Cunhã Poranga
Semi-destaques:
- Nilo Cesar Barbosa (lateral direito) – Fantasia: Cantos aos deuses
- Alex (lateral esquerdo) – Fantasia: Ritos sagrados
- Iarorixá Valéria de D’Osun (lateral direito baixo) – Fantasia: Ialorixá (sacerdotisa candomblecista)
- Babalorixá Jorge Caribé (lateral esquerdo baixo) – Fantasia: Babalorixá (sacerdote candomblecista)
Composições:
Significados: banho de fé; herdeiros de Tupã e povos originários das terras de Tupã.
3º setor – esperança de cura
Musa: Valdiene – Sabores que curam
Musa: Sochane – Sabores que curam
Ala 12: coletores de ervas
Musa: Bia Freitas – aromas do chá
Ala 13: a cura através do chá
Musa: Tina Bombom – Garrafadas
Musa: Rayane Moraes – Energizantes
Musa: Paty – Remédios naturais
Ala 14: o ritual das garrafadas
Muso: Jailson de Oliveira – Ciência
Musa: Klaudia Luck – Natureza
Ala 15: união entre a natureza e ciência
Diretor dos passistas: Yago Sensação – Natureza
Musa: Índia Zurich – Fauna brasileira
Musa mirim: Lara – Flora e fauna
Ala 16: passistas – Preservação ambiental
Ala 17: produção de cosméticos
Musa: Pamela – Sabedoria
Musa: Veronika Lálová – Sabedoria
Ala 18: sabedoria de pretos, indígenas e caboclos
Musa: Marisa Furacão – ancestralidade e ciência
Muso: Ian Sollis – ancestralidade e ciência
Ala 19: Sankofa – curandeiros, médicos e bioquímicos
Musa: Debi Biondi – ciência e fé
3º alegoria: união da sabedoria ancestral com a ciência
O que representa:
O terceiro carro alegórico é uma celebração vibrante e poética da convergência dos saberes das antigas civilizações, enfatizando a rica cultura que se entrelaça entre os povos africanos e indígenas, destacando a sabedoria das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda.
Destaques Principais:
- Paulo Cesar (central baixo) – Fantasia: natureza conjugada a ciência
- Ronaldo Barros (central alto) – Fantasia: astro rei
- Semi-destaques:
- Tiago Prior (lateral direito baixo) – Fantasia: Sementes da salvação
- Paulo Cesar (lateral esquerdo baixo) – Fantasia: Folhas da salvação
- Maria Eduarda Limeira (lateral direito médio) – Fantasia: Árvores frondosas
- Maria Vitória Limeira (lateral esquerdo – médio) – Fantasia: Árvores frondosas
- Rayane Moraes (lateral direito médio) – Fantasia: Sankofa
- Surama Wilker (lateral esquerdo médio) – Fantasia: Sankofa
- Ellen Pérola (lateral direito médio) – Fantasia: África de todos
- Marcos Vinicius (lateral esquerdo médio) – Fantasia: África de todos
No carro alegórico também, presente:
A velha-guarda da Inocentes de Belford Roxo; membro mais antigo: Plínio Athaíde, 88 anos.
Musa: Barbie do samba – o bailar das folhas
Ala 20: compositores – poetas das folhas
Samba-enredo:
Ewe, a cura vem da floresta
Ewe ôô em banto é catendé
Ossaim o protetor do poder de curar
Na fé nagô o orixá
Que busca no seio da selva
A seiva para preparar
O sumo o banho a magia
Magia que veio de lá
Da negra mãe não só ossaim
Vem de Angola, Jejê, Nagô
Xangô tentou Oyá trouxe o vento
Mas o fundamento o pai guardou
Folhas da Salvação semente
Encontro Milagroso
Com o poder medicinal
Plantas da nobre terra de tupã
A luz de um novo amanhã é natural
Da reza pra acabar com o quebranto
A Fumaça é o encanto do cachimbo da vovó
A natureza conjugada a ciência
No combate à doença
Remédio que me faz melhor
O meu coração é Inocentes
De Belford Roxo meu amor eu sou feliz
O corpo são conduz a mente
Eu sigo em frente
Vou na força da raiz
Autores do samba-enredo: Claudio Russo, Nino do Milênio, Carlinhos do Cavaco, Tem Tem Júnior.