Carla Prata, rainha de bateria da Acadêmicos do Tucuruvi, revelou em entrevista ao podcast Carnaval Sem Julgamento, da Band, que vem enfrentando preconceito dentro do universo do samba por conviver com uma doença rara. Em conversa com Paola Novaes e Bruno Chateaubriand, exibida nesta terça-feira (03), a musa falou sobre seu diagnóstico de miastenia gravis, uma condição que afeta os nervos e pode levar à paralisia muscular, e afirmou estar sendo alvo de ataques por parte de um grupo com membros de escolas de samba. “Me chamam de ‘rainha pé na cova’”, disse.
“Eu tenho uma doença que paralisa o corpo inteiro. Já tive paralisia nos olhos, braços e pernas. Mas, mesmo assim, me sinto honrada por estar no carnaval, por ser incluída. É muita vontade, muita garra, muito amor”, contou a famosa, que já passou por uma cirurgia no coração, que estabilizou o avanço da doença. “É como se meu corpo funcionasse com um quarto de gasolina. Eu preciso descansar para continuar”, explicou Carla.
Apesar de sua determinação, Carla revelou que está enfrentando preconceito, dentro do carnaval, por conta da doença. “Fiquei sabendo que existe um grupo de WhatsApp, com meia dúzia de pessoas do carnaval, que me chama de ‘rainha pé na cova’”, desabafou. Ela disse que foi orientada a não mencionar sua condição em entrevistas, algo que ela decidiu não aceitar: “Agora eu vou falar mesmo! Tenho muito orgulho de ser a primeira rainha de bateria com doença rara”.
A participação de Carla Prata no Carnaval Sem Julgamento está disponível, na íntegra, no canal de Band Folia. Assista: