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Bete Coelho retrata adultério em Molly Bloom no teatro: “O que é proibido?”

Atriz participa do Antenados, da Rádio Bandeirantes, e celebra a volta aos palcos após o isolamento social. Confira!

Da redação

Bete Coelho retrata adultério em Molly Bloom no teatro: “O que é proibido?”
Divulgação

Bete Coelho reestreia o espetáculo Molly Bloom no Teatro Unimed, em São Paulo. O monólogo é uma adaptação da última parte da obra Ulysses, publicada em 1922 pelo irlandês James Joyce (1882-1941). No programa Antenados, da Rádio Bandeirantes, a atriz falou com o apresentador Danilo Gobatto sobre a possibilidade de fazer uma personagem com tanta profundidade. 

“Ela fala abertamente sobre o amante e a dificuldade que ela tem com o marido. São 16 anos de casamento. Ouvimos esses segredos dessa mulher e os segredos dele também. Às vezes, você entende o que ele disse anteriormente através da fala dela. O quebra-cabeça é montado aos poucos no meio da peça”, afirmou. 

Bete participou do Antenados com Gabriel Fernandes, que assina a co-direção da peça. A atriz trouxe questões que estão presentes no monólogo.

“É possível uma mulher trair? O que ela sente? O que representa o casamento? Como é ter filhos, amamentar? O que é amor? O que é desejo? O que é proibido?”, indagou. “São temas apropriados para a atualidade e coisas que a gente gosta de ouvir. As pessoas falam, isso que é James Joyce? A gente achava que era mais complicado”, declarou.

A intérprete de Molly Bloom ainda falou sobre a alegria de voltar aos palcos após o período de isolamento social motivado pela pandemia de covid-19. 

“Eu me sinto muito feliz. Estou voltando como quase todo mundo de uma situação pandêmica. Estamos renascendo politicamente, economicamente e, sobretudo, artisticamente”, comemorou. “Foi uma luta muito difícil pelo achatamento e desprezo da nossa profissão. O teatro é uma experiência que você não passa impunemente. Não é apenas entretenimento. Molly Bloom tem um tema que volta à tona que é a questão da mulher, da sua sexualidade. É de uma grandiosidade e contemporaneidade assustadora”, completou. 

Ouça a entrevista completa 

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