A Netflix estreou hoje a série documental “3 Tonelada$ - Assalto ao Banco Central”, que conta a história do maior roubo a banco do Brasil. Em 2005, um grupo de criminosos invadiu, através de um túnel subterrâneo, a caixa-forte do local, em Fortaleza (CE), e levou uma quantia superior a R$ 160 milhões em cédulas de R$ 50 que, juntas, pesaram mais de três toneladas. O roubo ao Banco Central chocou o país e teve repercussão internacional.
Dirigida e roteirizada por Daniel Billio, com direção geral de Rodrigo Astiz, "3 Tonelada$" conta detalhadamente a história surreal em três episódios de 60 minutos cada um. Mais de 30 pessoas foram entrevistadas para o documentário, entre policiais federais, jornalistas, pesquisadores, procuradores e juízes em São Paulo, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e da cidade de Boa Viagem, no interior do Ceará, além de pessoas envolvidas no crime, entre elas, um dos líderes do bando.
Segundo a produção do documentário, foram necessários dois meses de negociações para que um dos líderes aceitasse dar entrevista. A produção faz parte da iniciativa Mais Brasil na Tela, programa criado pela plataforma de streaming com o objetivo de aumentar a presença de conteúdos originais brasileiros em seu catálogo.
O maior assalto do país chegou a virar filme em 2011 e teve a história contada no livro “Toupeira - a História do Assalto Ao Banco Central”, de Roger Franchini.
A descoberta do roubo
O assalto ao Banco Central foi praticado durante um final de semana. Os funcionários, então, só ficaram sabendo do roubo na segunda-feira posterior ao crime. Quando chegaram no cofre, se depararam com um buraco no chão.
Depois, foi descoberto de que se tratava de um túnel de 77 metros. Durante a investigação, a polícia descobriu que os criminosos usaram documentos falsos, mas com fotos reais, o que possibilitou que eles fossem identificados pela polícia. A polícia estima que 34 pessoas participaram diretamente do roubo, que teria durado em torno de 11 horas.
Logo após o assalto, a Polícia Civil procurou em revendas de carros e caminhões pistas sobre a aquisição de veículos que poderiam ser usados para transportar o dinheiro de Fortaleza. Descobriram que, para a fuga com parte do dinheiro do banco, 6 milhões de reais foram escondidos em carros zero num caminhão cegonha.