A Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) se pronunciou nesta sexta-feira (05) após ser acusada de racismo ao revistar e acusar um dos atores premiados de roubo durante a cerimônia do ‘Prêmio APCA’ .
No comunicado encaminhado ao Band.com.br, a APCA afirmou ser ‘inaceitável’ receber a acusação de racismo. “A APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte - considera inaceitável receber uma acusação de racismo durante a cerimônia de entrega dos prêmios, realizada na última terça-feira, 2 de julho, no Teatro Sérgio Cardoso”, disseram.
“Vale ressaltar que a APCA defende direitos iguais para todos e sempre esteve na linha de frente da luta contra todos os tipos de preconceito e racismo. Cumpre informar também que em momento algum aconteceu tentativa de constrangimento por parte da equipe da APCA, que não contou com segurança para o evento”, afirmaram.
Além disso, a Associação negou que tenha pedido para que o ator Giu Alles, abrisse sua bolsa para ser revistado. “Houve, sim, uma comunicação gentil e educada sobre o fato de o troféu ser cenográfico - e não o oficial -, disponibilizado apenas para a foto no ato da entrega. Portanto, não seria destinado a nenhum vencedor, já que a escultura legítima seria entregue na casa dos premiados. Reiteramos, ainda, que jamais houve pedido para que o ator abrisse a bolsa – o fato aconteceu de forma voluntária. Em nome de todos os associados, pedimos desculpas pelo mal-estar causado pelo ruído na comunicação”, finalizaram.
O que aconteceu?
Na noite da última terça-feira (02), durante a cerimônia do ‘Prêmio APCA’, o ator, Giu Alles, passou por uma situação nada agradável ao ser acusado de roubo por um dos organizadores e ser revistado no palco.
“O que aconteceu foi que me chamaram pra pedir pra eu tirar o prêmio da bolsa. Eu tive que abrir minha bolsa e mostrar que eu estava guardando meu celular e não o prêmio”, contou Giu.
O ator, que foi homenageado junto com seu grupo ‘Companhia Antropofágica’, disse que não queria se tornar uma vítima nessa situação. “O que eu queria dizer, na verdade, é que nossa relação com os racistas não tem que ser de vítima, tem que ser de algoz”, declarou.