Após a Justiça de São Paulo negar o pedido de tramitação do divórcio entre a apresentadora Ana Hickmann e Alexandre Correa, o caso segue para deixará a 1ª Vara Criminal e de Violência Doméstica e Familiar, com base na Lei Maria da Penha, e seguirá para a Vara de Família.

Segundo Miriane Ferreira, especialista em Direito de Família, a apresentadora só terá o divórcio concedido após o juíz ouvir a parte do marido. "É arriscado para o juíz determinar liminarmente ouvindo só uma das partes. Acredito que não vá conceder o divórcio antecipado sem ouvir o lado do marido. Na maioria dos casos o juíz não aceita antes disso", disse.

A advogada constatou ainda que a decisão que determinou a imediata remessa dos autos a uma Vara de Família não prejudica Ana Hickmann.

"Neste caso, o divórcio seria dado em uma medida de excessão. Tudo o que ultrapassa a violência doméstica é caráter de excessão. Como no caso da Ana tem patrimônio envolvido, o lugar certo para deferir o divórcio é na Vara da Família", frisou.

Medida protetiva e alienação parental

Em meio às denúncias de Ana Hickmann, Alexandre Correa entrou com um processo contra a apresentadora por alienação parental, além de pedir a revogação parcial da medida protetiva solicitada, e concedida, após as agressões.

Miriane Ferreira não acredita que a Justiça derrube a medida protetiva solicitada pela ex-modelo. A advogada ainda afirmou que usar a lei de alienação parental é para desestabilizar a esposa.

"A alienação parental pode ser muito drástica, e esse é o temor das mães. Mas nesse caso, não tem tempo para isso. Essa lei é para destruir a imagem do genitor. É uma ação muito usada para desestabilizar a mãe", afirmou.

Ana Hickmann diz que era humilhada e controlada pelo marido

Na entrevista à Record, a apresentadora afirmou que, além da agressão física em 11 de novembro, sofreu abuso psicológico durante anos pelo ex-marido. “Escutei muito que estava gorda. Ele tinha o dom muito grande de me fazer me sentir uma merda”, diz. 

A gente não precisa ser mulher de malandro. Ele me afastou de tudo e todos, colocava medo nas pessoas. Me colocou dentro de uma redoma de tal forma que podia fazer o que ele queria. Eu não tinha sábado e domingo, não via ele se compadecer quando eu estava doente. Trabalhava com 40 graus de febre, afirma. 

Ana revela que o marido passou a persegui-la para fazer uma cirurgia plástica: “Ele dizia: ‘Ninguém vai te querer velha. Está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha’. Ele controlava minha agenda pra qualquer coisa. Determinava o dia da academia, do médico, me pressionava para fazer cirurgia plástica. Eu disse: ‘Chega, não sou um objeto’".

Ela ainda descreveu Alexandre como "preconceituoso", "agressor", "covarde" e "canalha".