O locutor esportivo Álvaro José foi entrevistado neste sábado, 20, pelo repórter Danilo Gobatto no programa Antenados, da Rádio Bandeirantes. Durante o bate-papo, o narrador oficial das histórias das Olimpíadas relembrou grandes aberturas das quais já fez parte.
"Das aberturas que presenciei, a mais chocante foi a de 1988 quando os pombos morreram quando acenderam a pira. Os pombos foram lá para cima, tinha comida e aí acenderam. Os sul-coreanos que dirigiram a cerimônia nem imaginaram que aquilo pudesse acontecer", relembrou o narrador do BandSports (ouça a entrevista completa).
"A que foi mais significativa para mim foi Barcelona, em 1992, porque teve uma falha. O pessoal estava empurrando um barco, representando a saída da Grécia e a chegada à Barcelona, a fundação da cidade, só que quebrou uma das rodas. É a mesma coisa que quebrar uma roda de carro alegórico das escolas de samba", contou.
"O Armando Nogueira insistiu que eu fizesse a transmissão de abertura porque eu conhecia todos os atletas e estudei História. Então, a mitologia fazia parte [da abertura]. Eu comecei a contar a história dos grandes navios que singraram o Mediterrâneo, falando de Ulisses voltando da Guerra de Troia para Ítaca; de Jasão indo atrás dos Argonautas; no final eu terminei com Eneias, um grande guerreiro troiano, que saiu de Troia incendiada para a planície de Lácio, na Itália", disse.
"E fundou a cidade de Alba Longa. Os descendentes dele depois fundaram Iulo, que hoje é Roma, a cidade eterna. Isso aí eu contei durante 20 minutos e nada da roda [do barco] andar. O Armando adorou e o Luciano do Valle batia palma. Tive o privilégio de trabalhar ao lado desses dois gênios", finalizou.