Quem acompanha MasterChef sabe: Erick Jacquin fala “na lata” tudo o que pensa. Ele faz questão de elogiar os bons pratos, mas não pensa duas vezes quando precisa criticá-los. E isso não acontece só na TV, segundo Edouard, de 22 anos, filho mais velho do chef, fruto do primeiro casamento de Jacquin. “Ele sempre foi crítico, profissional, exigente e brincalhão. Acho que é por isso que as pessoas gostam dele, ele é muito sincero”, diz em entrevista ao Portal da Band.
Edouard mora na Espanha, onde estuda Administração de Empresas, e se mudou para a França com a mãe durante a quarentena, mas, apesar da distância, tem uma relação muito próxima com o pai. Sempre que pode, faz longas chamadas de vídeo para conversar e saber dos irmãos gêmeos de 2 anos, Elis e Antoine, frutos do relacionamento de Jacquin com Rosangela Menezes. “Tenho a sorte de ter uma relação de amizade muito forte com meu pai. A gente fica muito tempo no telefone falando sobre o dia a dia. Ele me contra sobre o trabalho, me pede conselhos. Eu falo muito com ele sobre meus estudos, o que estou fazendo. A gente fala muito também sobre meus irmãos, tenho saudade dos dois.”
Como bons amigos, claro que de vez em quando rola um desentendimento, mas nada que não seja rapidamente resolvido. “A gente já se chateou algumas vezes, aí sempre volta ao normal no dia seguinte. Mas isso só acontece porque os dois são muito teimosos”, diz.
À distância, ele acompanha cada passo do pai na cozinha do restaurante Président e também do MasterChef, no qual Jacquin é jurado desde 2014 ao lado de Henrique Fogaça e Paola Carosella. Quando soube que o pai entraria para o programa, Dudu, como carinhosamente é chamado pelo pai, comemorou. “Fiquei feliz porque ele ia fazer uma coisa diferente do que já fazia. Ele ia deixar de trabalhar de madrugada para ter uma vida mais tranquila. Era uma nova experiência superlegal na profissão dele. E também porque sei que era um momento complicado para ele financeiramente e moralmente, principalmente moralmente. Ajudou ele a se reinventar”.
Assim como o pai, Edouard também manda bem na cozinha e é um apaixonado por vinhos. “Fui influenciado graças ao ensinamento dos meus pais. Aprendi mais sobre vinho na casa da minha mãe, na França, que tem uma pequena produção”, conta ele, que já trabalhou em vinícolas durante as férias. "Gosto muito de beber com meu pai à noite em casa, é um momento muito especial para mim, é uma das razões pelas quais gosto de vinho. A gente fica bebendo, ouvindo música francesa e cantando.”
Sempre que vem ao Brasil, pelo menos duas vezes ao ano, ele aproveita para viver momentos como esse (além de reencontrar os amigos de infância). E garante que tem saudade das receitas preparadas pelo pai, mas que às vezes acha que pode até mesmo superá-lo em alguns pratos, como o tarte tatin, prato típico francês. “Fizemos uma live outro dia com cada um com sua receita. Ele com uma receita mais gastronômica e eu com a mais tradicional. Foi engraçado porque acho que a minha estava melhor”, brinca. Será que Jacquin concorda?