Saiba o que é a Síndrome da Minimização e entenda se você sofre com isso

Nós mesmas nos posicionamos de forma menor, minimizando nossa relevância naquele cenário

Thais Cassano

Saiba o que é a Síndrome da Minimização e entenda se você sofre com isso
Dê importância a você mesma, você deve estar em primeiríssimo lugar
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Se ser mulher já é um desafio constante, em tantos sentidos, agora imagine ser mulher-líder, inserida em ambiente corporativo (um universo predominantemente masculino) - e tendo que provar a capacidade e transmitir autoridade? Como equilibrar bem essa missão, sem necessariamente parecer arrogante, antipática ou inflexível? O que fazer para ocupar nosso espaço, sem sofrermos da Síndrome da Minimização? Aliás: você, mulher, conhece essa Síndrome?

Bom, se você é mulher-líder, certamente participa, com frequência, de reuniões. Passe a notar como as mulheres, nas mesas de reuniões, tendem a ocupar (fisicamente mesmo!) pouco espaço. Nos preocupamos em deixar a bolsa próxima ao corpo, nossos objetos pessoais nunca estão espalhados, mas sim limitados a um espaço que julgamos ser o nosso - de forma a não incomodar os demais colegas. Se as cadeiras são muito próximas, cuidamos para que nossas pernas não invadam o espaço alheio. Agora note como os homens se sentam e se comportam, nesse mesmo ambiente de sala de reunião: quase sem se preocupar com nenhuma dessas questões.

Pois é, esse excesso de zelo, de cuidado, esse quase-medo de ocupar os espaços das organizações em que trabalhamos é o que chamo de Síndrome da Minimização. Estamos a um passo de pedir desculpas por estarmos ali. E comunicamos isso de forma não-verbal, como exemplifiquei acima, mas também de forma verbal. É a sua vez de falar, você pede a palavra e diz: "Só mais uma coisinha, porque é realmente importante…" Ou ainda: "Isso pode não ser muito importante, mas gostaria de pontuar que…" Notem como nós, mulheres, tendemos a reduzir a importância do que falamos (e do que fazemos!). Sentimos necessidade de justificar nossas decisões, nossos argumentos, nossas intervenções. Isso quando não saímos de reuniões sem dizer uma palavra... pensamos: será que devo falar algo? Será que isso que tenho a dizer realmente é importante?

Tudo isso, claro, impacta diretamente na construção da nossa autoridade. Nós mesmas nos posicionamos de forma menor, minimizando nossa relevância naquele cenário. Para vencer essa Síndrome, essa tentação de reduzirmos nossa presença, é preciso, em primeiro lugar, nos observarmos: Como eu me comporto no meu ambiente de trabalho? Uma vez identificando alguns dos comportamentos acima, o segundo passo é se monitorar, diariamente, para ocupar os espaços que te pertencem. Dê importância a você mesma, você deve estar em primeiríssimo lugar.

Os espaços estão devidamente conquistados? Maravilha: agora vá além.

E não pare por aí.

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