Como mulheres líderes, é essencial que tomemos as rédeas de nossas próprias decisões, tanto na vida profissional quanto pessoal. A história de Suzana, uma de minhas mentoradas, ilustra perfeitamente a importância de sermos protagonistas das nossas escolhas.
Suzana sempre foi uma profissional dedicada, aceitando os cargos que apareciam e trabalhando arduamente na esperança de ser reconhecida. Durante 20 anos de carreira, ela esteve ‘mão na massa’ o tempo todo, acreditando que sua dedicação inquestionável seria recompensada com reconhecimento e promoções. No entanto, Suzana percebeu que talvez estivesse apenas onde outros desejavam que ela estivesse, sem ser ativa nas decisões que moldaram sua trajetória.
Ela conta que frequentemente pensa: "E se eu tivesse feito aquele curso que eu queria, mas a empresa me fez acreditar que não era hora?". "E se eu não tivesse tido tanto medo de arriscar?". Além disso, Suzana negligenciou sua vida pessoal, acreditando que precisava sacrificar esse aspecto para alcançar o sucesso profissional.
Mas por que isso acontece com a Suzana e tantas outras mulheres que chegam até mim?
A sociedade e as empresas frequentemente têm expectativas específicas sobre as mulheres, muitas vezes não ouvindo suas verdadeiras aspirações e colocando-as em posições que se alinham com esses estereótipos. As mulheres, então, podem se encontrar em situações onde não são as protagonistas de suas próprias histórias, vivendo de acordo com o que é esperado delas ao invés de seguirem seus próprios sonhos e ambições.
Para evitar arrependimentos futuros, é crucial que as mulheres líderes comecem a tomar decisões baseadas em seus próprios desejos e objetivos. Isso envolve um profundo autoconhecimento e a coragem de enfrentar as expectativas sociais e corporativas. A tomada de decisões deve ser um processo consciente, onde a mulher avalia suas metas, habilidades e paixões, ao invés de simplesmente aceitar o que é oferecido.
Desenvolver a autoconfiança é fundamental nesse processo. Nós, mulheres, precisamos acreditar no valor de nossas competências e na importância de de nossas aspirações. Ao assumir o protagonismo, as mulheres possuem a oportunidade de criarem um caminho que reflete seus verdadeiros desejos, promovendo um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.
O autoconhecimento é o primeiro passo para tomar decisões informadas e alinhadas com seus valores. Entender seus pontos fortes, áreas de interesse e o impacto que deseja causar no mundo ajuda a guiar suas escolhas. As mulheres líderes devem se dedicar a essa autoavaliação contínua, ajustando suas estratégias conforme necessário.
A história de Suzana é um lembrete poderoso de que precisamos ser ativas em nossas decisões, não apenas no trabalho, mas em todos os aspectos da vida. Não espere que a empresa ou a sociedade definam seu caminho. Invista no seu autoconhecimento, desenvolva a autoconfiança e tome decisões que realmente refletem quem você é e o que você deseja alcançar.