Equidade nas Olimpíadas: um marco inspirador para mulheres no esporte

Esse progresso reflete uma luta contínua por reconhecimento e igualdade no esporte

Rebeca Andrade, a maior atleta olímpica da história do Brasil (Foto: Reuters)

As Olimpíadas de 2024 em Paris serão um marco histórico para a equidade de gênero no esporte, alcançando pela primeira vez uma representação igual entre atletas homens e mulheres. Este avanço é significativo quando lembramos que em 1900, as mulheres representavam apenas 2,2% dos competidores.

Esse progresso reflete uma luta contínua por reconhecimento e igualdade no esporte. A trajetória de crescimento, passando por 9,6% em 1928, 13,2% em 1964 e 28,9% em 1992, mostra o esforço das mulheres em conquistar seu espaço. Como mentora de mulheres líderes, testemunho diariamente a importância de sermos protagonistas de nossas próprias histórias, tanto no esporte quanto em qualquer área.

Além disso, não é o espaço pelo espaço. As atletas brasileiras têm se destacado, conquistando um número recorde de medalhas. Essas conquistas são um reflexo de que quando temos equidade de oportunidades, iremos além, com excelência e protagonismo.

Depois do ouro da Rebecca Andrade no solo da ginástica, tão representativo, eu vi uma entrevista dela dizendo que só consegue a tranquilidade de desempenhar bem em grandes competições porque faz terapia e cuida da saúde mental. Isso é um avanço! Porque mostra que começamos a entender que não existe essa história que tentaram nos vender de que “mulher é guerreira” quando, na verdade, é sobrecarregada. Para vencer, em qualquer área, precisamos de apoio, de suporte e de estratégia, na vida pessoal, com cuidados com a saúde mental e tempo com a família, por exemplo, e na vida profissional, focando nos objetivos que desejamos para nós. 

Sendo assim, a lição é clara para nós, mulheres líderes: devemos lutar por nossos espaços, ser autênticas e verdadeiras em nossas jornadas. Pode parecer que não, mas os avanços estão acontecendo. Não precisamos nos moldar aos padrões masculinos para sermos respeitadas e reconhecidas.

Assim como as atletas olímpicas, devemos ser protagonistas de nossas decisões e não deixar que o mundo nos defina. Nosso valor e nossa singularidade são as chaves para transformar nossas vidas e inspirar futuras gerações.

A história das Olimpíadas de Paris 2024 é um testemunho do potencial ilimitado das mulheres quando se tem equidade. Que este marco inspire todas nós a sermos corajosas, autênticas e a lutarmos pelos nossos sonhos. Unidas, podemos transformar o mundo e criar um futuro onde a equidade é a regra, não a exceção.

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