Há menos de três meses para as eleições gerais de 2022, a Band Rio separou alguns mitos e verdades sobre a segurança da urna eletrônica. Implementada em 1996 no sistema eleitoral do Brasil, o equipamento já foi comprovado como seguro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outras fontes.
MITO #1: VOTO NAS URNAS NÃO É SEGURO
VERDADE #1: Há 25 anos em uso no Brasil, o sistema de urna eletrônicas no processo eleitoral é seguro. Este fato é comprovado através de testes e simulações realizados pela Justiça Eleitoral. No ano anterior às eleições, um procedimento chamado de Teste Público de Segurança (TPS) é realizado, por exemplo.
O TPS acontece da seguinte forma:
São relatadas, inicialmente, possíveis falhas registradas. A partir destas, são desenvolvidos então planos de ataque para que esse problema seja entendido e possa ser resolvido. Com este plano elaborado, o sistema da urna é apresentado aos investigadores, que vão avaliar a urna.
Meses depois, o TSE convida então os envolvidos no processo para testar o sistema novamente e verificar se as falhas foram corrigidas.
A evolução do sistema é confirmada através do Teste de Confirmação que, em 2022, foi realizado em maio.
MITO #2: HACKER TEVE ACESSO A TUDO DENTRO DO TSE
VERDADE #2: Publicações que afirmam ter conseguido vazar dados do TSE são enganosas. Mesmo com a tentativa de invasão ao sistema, essa entrada no banco de dados nunca foi concretizada. O que reitera a segurança da urna eletrônica e do sistema do TSE. O ataque realmente aconteceu, mas a tentativa de violação, na verdade, foi a um banco de dados administrativo antigo, além de informações públicas, que já estão disponíveis no Portal da Transparência.
MITO #3: HACKER PODE EXCLUIR NOMES DE CANDIDATOS
VERDADE #3: Com 30 camadas de seguranças, a nova urna eletrônica não permite qualquer tipo de conexão com rede, seja ela Wi-fi ou Bluetooth. O dispositivo funciona de forma isolada e não transmite os resultados depois da votação. Ou seja, hackers não conseguem ter acesso ao banco de registros do equipamento nem manipular as informações que ali constam.
MITO #4: É UMA EMPRESA TERCEIRIZADA QUE CONTA OS VOTOS
VERDADE #4: É falsa a informação de que não é o Tribunal Superior Eleitoral que contabiliza os votos das eleições no Brasil. O órgão é o responsável por este processo e utiliza de supercomputadores com alto armazenamento e processamento para fazer essa apuração. Os equipamentos ficam locados em uma sala-cofre, em Brasília, com a proteção contra ações da natureza e ações humanas. O TSE investe ainda R$6,5 milhões, por ano, em um sistema de nuvem que auxilia no arquivamento desses dados. Este formato é utilizado há mais de uma década.
Um novo modelo de urna eletrônica vai ser usado durante as eleições de 2022 em todo o Brasil. O equipamento foi modernizado e muitos recursos de acessibilidade foram adicionados. Essa é a principal novidade para o processo eleitoral deste ano. A expectativa dos Tribunal Regionais Eleitorais (TREs) é que as novas urnas promovam mais segurança, transparência e acessibilidade para os eleitores.
No Rio de Janeiro, entre as cerca de 42 mil urnas disponíveis para a Justiça Eleitoral fluminense, 38,96% vão ser composta pelo novo modelo. Os demais equipamentos vão continuar sendo modelos anteriores.