O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ordem do corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, intimou o ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, e Alexandre Cordeiro Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a prestarem informações, num prazo de três dias, sobre o inquérito policial contra institutos de pesquisas.
A decisão de Benedito Gonçalves foi assinada de forma eletrônica na última sexta-feira (15). A abertura do inquérito pela Polícia Federal (PF), subordinada à Torres, aconteceu no dia 13, após a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhar ofício que questiona divergências entre os resultados dos institutos com os números da apuração oficial do primeiro turno.
Por outro lado, logo após o anúncio da abertura do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, tornou a investigação sem efeito. O magistrado alegou ausência de justa causa e “incompetência absoluta” dos órgãos para uma apuração do tipo no período eleitoral.
Segundo o ministro, cabe à Justiça Eleitoral fiscalizar as entidades responsáveis pelas pesquisas. No mesmo despacho, Moraes solicitou investigação da Corregedoria-Geral Eleitoral sobre eventuais práticas de abuso de poder do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Cade.