Tarcísio diz que política de monitoramento de PM pode ser revista caso eleito

O pré-candidato foi o convidado do Band Eleições dessa segunda-feira (11)

Da redação

O Band Eleições desta segunda-feira recebeu o pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-ministro falou sobre temas importantes para o estado como segurança pública, transportes e saúde.

O programa foi apresentado pelo jornalista Eduardo Oinegue, acompanhado pelos também jornalistas Sheila Magalhães, da Rádio Band News FM e Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes. 

Tarcísio começou o programa falando sobre sua escolha em ser candidato por São Paulo, já que o ex-ministro é natural do Rio de Janeiro. 

“Os desafios aqui são de grandes proporções. São Paulo é o estado mais rico do Brasil, porém um estado desigual, que precisa de criatividade para a resolução de problemas que são sérios! São problemas que no final das contas, hoje, estão subtraindo competitividade. E quando você se depara com um desafio que é São Paulo a gente acaba ficando muito motivado. Então é um desafio muito grande, mas ao longo da nossa trajetória a gente vai se preparando para desafios grandes, por isso acho que SP é o desafio da vida no momento. 

Tarcísio foi questionado se tem se debruçado sobre outras questões importantes para São Paulo, além da Infraestrutura. Ele respondeu qual seria sua prioridade caso for eleito governador. 

“Primeiro nós montamos uma grande equipe para estruturar o plano de governo, que é fundamental! Assim conseguimos dar um bom endereçamento aos problemas. Eu acredito em plano, acredito em time! É claro que a questão da educação é uma questão central. Nós tivemos um déficit muito grande com a pandemia, com os alunos afastados por dois anos das salas de aula e temos alguns desafios para resolver. Um primeiro desafio, poderia citar a evasão escolar. Outro ponto é o acolhimento das famílias e o ensino integrado. É preciso trazer as famílias para dentro das escolas, com uma equipe preparada para recebe-los” disse. 

Sobre o teto do ICMS, que reduz a arrecadação dos estados, Tarcísio disse que a medida tomada não atrapalhará a criação de programas em SP. 

“Temos espaço no orçamento, observe que se a gente pegar o ano de 2021, nós tínhamos um superávit previsto na LDO na ordem de R$ 14 bilhões, e fechamos com um superávit de R$ 46 bilhões. Isso muito em cima do aumento substancial de ICMS que tivemos ao longo dos anos. O ICMS per capta de São Paulo subiu 26% de 2019 para cá! Então no final das contas, tem espaço. Então, o que falo de transferência de renda é em adição ao que já existe do governo federal” afirmou. 

O pré-candidato comentou o caso do assassinado que aconteceu em Foz do Iguaçu, onde um apoiador do Presidente Bolsonaro assassinou um guarda civil que fazia uma festa com temática do Partido dos Trabalhadores. 

“Acho que a gente tem que repudiar a intolerância!  Não tem mais espaço para ser intolerante, não tem espaço para violência. Política não tem nada a ver com isso. A política pressupõe a construção de saídas, criar diálogo. E é por isso que ela é tão importante” respondeu. 

Sobre segurança pública, Tarcísio falou como aumentar o contingente dos policiais do estado. “A polícia de São Paulo é a mais bem preparada da nação, mas é uma das polícias mais mal pagas da nação. A polícia militar do estado tem o 23° pior salário do Brasil. Isso é muito ruim! Você só vai ter segurança pública se você valorizar a pessoa, se você valorizar o policial. E quando falo e valorização, falo em todas as dimensões”.

Sobre as câmeras nos oficiais, Tarcísio afirmou que o programa tem que ser reavaliado. 

“Como todo programa de política pública, deve ser reavaliado. Reavaliado se ele está adequado, se essas tropas que hoje usam essas câmeras são mesmo as tropas que tem que usar. Por exemplo: se você pegar a experiência internacional, tropas especiais não utilizam câmera. Então não faria muito sentido ter essas câmeras pegando ROTA, BAEPE... Para mim a câmera passa uma mensagem ruim para o profissional da segurança pública. Uma mensagem de “eu não confio em você”. E tem também uma questão financeira, que não sei se vale à pena” finalizou.

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