A senadora Simone Tebet (MDB) anunciou apoio a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio da Planalto. Ela ficou em terceiro lugar na disputa à presidência com 4,16% dos votos válidos no primeiro turno.
“Reconheço o seu compromisso com a democracia e a constituição porque desconheço o atual presidente. Depositarei nele o meu voto porque reconheço no candidato Lula o seu compromisso com a democracia e a constituição”, disse em pronunciamento.
“Meu apoio não é por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos, inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável. Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre inciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda”, reforça Tebet.
Simone Tebet disse que ao longo de sua vida política, de defender projetos, ideias e caminhos, não irá abandonar as ruas e praças, enquanto a decisão do eleitor não se concretizar.
“Critiquei os dois candidatos que disputarão o segundo turno e continuo a reiterar as minhas críticas”, comentou a senadora. Ela ainda pediu desculpas às pessoas que pediram neutralidade no segundo turno. “Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública, desde quando, aos 14 anos, seria desonrar a história de vida pública”.
“Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade”, reforçou Simone Tebet.
A senadora disse que nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. Ela afirmou que negação atrasou a vacina, a arma ocupou o lugar do livro, a iniquidade fez curvar a esperança. “O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado”.
Propostas apresentadas ao candidato Lula
- Zerar a fila da educação infantil para crianças de 3 a 5 anos e implementar o ensino médio técnico em período integral e conectividade, com remuneração ao concluir os estudos;
- Zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS;
- Resolver o problema do endividamento das famílias que ganham até três salários mínimos mensais;
- Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções.
- Um ministério plural, com homens, mulheres e negros, todos tendo como requisitos a competência, a ética e a vontade de servir ao povo brasileiro.