Reginaldo Lopes (PT) prevê diálogo com congresso mesmo com base conservadora

Reeleito para o Congresso por MG, o deputado eleito falou sobre o futuro no Congresso

Da redação

Reeleito com 196.760 votos pelo estado de Minas Gerais, Reginaldo Lopes (PT) conversou com o BandNewsTV nesta quinta-feira (06). O mineiro falou sobre a nova composição do Congresso Nacional, que com as eleições desse ano, terá muitos representantes de direita. 

Ele afirmou que nada mudou, mesmo com muitos deputados eleito pelo PL, partido do atual presidente Jair Bolsonaro.

“Na minha avaliação, você tem uma polarização do partido do Bolsonaro, que elegeu 100 deputados, com a nossa federação que elegeu 81 deputados. E tem mais partidos do bloco da esquerda, que compõem com o Presidente Lula. Mas na ampla maioria não houve mudança, porque, partidos que compões o PL, que é um polo mais conservador, uma parte, talvez 20% seja raiz, com pautas ideológica e de costume. Não está preocupado com a vida real do brasileiro. 

Mas 80% desses deputados eleitos pelo PL são do centrão! Está esperando um novo governo para compor a nova base de sustentação. Por tanto, não mudou nada! O Brasil tem uma parte que se alinha com a direita e outra parte com a esquerda, mas a grande parte da representação do Congresso tá aí no centro, no centrão. Então, vai depender do programa e da capacidade da gente combinar um discurso com a sociedade brasileira. 

O deputado eleito disse que confia no diálogo com os deputados para conseguir fazer as mudanças que o Brasil precisa.

 “Estou convicto de que vamos ter dois pilares para governabilidade do Presidente Lula: o primeiro pilar é o tradicional: respeitar o resultado das urnas. Temos que ter o apoio de deputado e deputadas, senadores e senadoras. Vamos compor ali a base institucional. O segundo pilar, tão importante para fazer o centrão fazer a mudança que o Brasil necessita, precisa ter o pilar da sociedade. Nós precisamos discutir as mudanças mais importantes, mudanças estruturantes para mudar o Brasil de fato. E aí eu acredito num diálogo amplo com a sociedade, com as conferências nacionais, ampliando o diálogo e mobiliando a sociedade para conseguir ter maioria no congresso nacional e aprovar algumas reformas, como a reforma tributária” finalizou.

O petista falou sobre o trabalho que a campanha do ex-presidente Lula vem fazendo com o eleitorado feminino. 

“As mulheres tem demonstrado muita consciência política. Esta eleição é marcada pela presença das mulheres, das mulheres com menos poder econômico, das mulheres negras e mães solo. Dos jovens de periferia também, dos trabalhadores urbanos e da agricultura que têm uma consciência política extraordinária, que percebe que o Bolsonaro é um risco civilizatório. Um risco para a democracia brasileira e um risco para a economia popular” completou. 

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