O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, criticou as tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de privatizar estatais em ano eleitoral. O petista garante que, se eleito, irá rever todos os processos, citando a Eletrobras e os Correios.
Lula também citou a Petrobras, afirmando que “quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois da eleição”, em discurso nessa quarta-feira (11), para apoiadores em Juiz de Fora (MG).
“Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois da eleição. Parem de tentar privatizar a Eletrobras, porque se não fosse a Eletrobras, não teria o programa Luz para Todos, que custou ao povo brasileiro 20 milhões de reais e só pode ser feito porque a empresa era pública. Para de privatizar os Correios, não tem que privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, o BNB e o Basa. Aprendam a trabalhar, aprendam a investir, aprendam a fazer política econômica ao invés de vender as coisas que já estão prontas”, disse Lula.
Nessa quarta, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que pedirá estudos para privatizar a Petrobras e a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
Lula criticou a privatização da BR Distribuidora, dizendo que a importação de combustíveis deixou o preço mais caro aos consumidores brasileiros.
“Venderam a BR. Sabe o que acontece hoje? Têm 392 empresas importando gasolinas dos EUA sem pagar imposto e nós estamos hoje com a gasolina mais cara do mundo, com o diesel mais caro do mundo e o presidente da República, ao invés de ter coragem e colocar a mão e resolver o problema, ele fica trocando de presidente da Petrobras e de ministro de Minas e Energia. Ele, na verdade, não sabe o que está fazendo nesse país”, criticou o petista
Em março, Lula fez um aceno a investidores e adiantou que se eleito irá rever uma eventual privatização da Eletrobras.
A fala foi vista como alerta para possível judicialização de qualquer tentativa de Bolsonaro de levar adiante processos de privatização em ano eleitoral.
Lula também afirmou que não manterá a regra que limita o aumento de despesas do governo. "Não vai ter teto de gastos no meu governo”, disse.