Murilo Hidalgo, diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã deste sábado (05), que a divulgação do suposto laudo falso por Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (Psol) pode ser decisiva para o primeiro turno da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.
Para o especialista, Marçal tenta “criar um novo fato político” ao insistir que Boulos teria testado positivo para o uso de drogas.
"Esse assunto vai correr a cidade de São Paulo na reta final. Numa eleição tão equilibrada, não tenho dúvida de que esse é um fato que pode decidir quem vai para o segundo turno. Precisamos ver se a opinião pública vai tender mais a favor de Pablo, de Guilherme Boulos, ou o terceiro que não tem nada a ver com isso é que será beneficiado", disse Hidalgo.
O presidente do Paraná Pesquisas comparou o episódio Marçal x Boulos ao que aconteceu com a deputada Carla Zambelli (PL) nas eleições de 2022. Ele refere ao dia em que a parlamentar bolsonarista sacou uma arma para um eleitor petista que teria a provocado dias antes do pleito presidencial. Segundo Hidalgo, a repercussão negativa do ocorrido foi decisivo para o resultado da vitória apertada de Lula sobre Bolsonaro nas urnas.
O suposto laudo falso
Na noite de sexta-feira (04), Marçal divulgou um documento que seria uma prova de que Boulos teria buscado ajuda médica e testado positivo para uso de cocaína após dar entrada em uma clínica na Zona Sul de São Paulo, em janeiro de 2021.
Em transmissão nas redes sociais, Boulos repudiou a atitude de Marçal e afirmou que o documento é mentiroso e que ele responderá em todas as instâncias da Justiça pela manipulação. O candidato do Psol pediu a prisão preventiva do adversário em notícia-crime enviada à Polícia Federal.