Uma missão formada por observadores internacionais destacou que o processo eleitoral brasileiro se mostrou como seguro e confiável. A declaração preliminar foi dada em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3). Eles acompanharam o primeiro turno das eleições brasileiras no último domingo (2).
O evento contou com a presença de João Damião, presidente da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Rojae-CPLP), e do porta-voz da mesma entidade, João Almeida.
O documento do grupo pontua que as eleições brasileiras, do ponto de vista organizacional, satisfazem os requisitos internacionais por ocorrerem em conformidade com os preceitos legais aplicáveis.
“Não suscitou reclamações”
O relatório informa que a utilização de meios eletrônicos de votação, nas condições observadas, e submetidos a um processo de validação publicamente conhecido, revelou-se “segura, confiável e expedita e não suscitou reclamações”, nem foram observados procedimentos que podem questionar a transparência e a verdade da votação.
Na declaração, a missão destacou ainda a forma pacífica e ordeira de como aconteceu a votação e a observância generalizada dos procedimentos legais. Na mesma coletiva, os eleitores brasileiros foram parabenizados.
“O povo brasileiro é pacífico e não esperávamos nada diferente disso”, ressaltou o porta-voz durante a entrevista.
Sobre a missão
A missão da ROJAE-CPLP é composta por 14 observadores, presidentes, membros e técnicos dos órgãos de administração eleitoral dos seguintes países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
Os trabalhos da MOE foram iniciados, formalmente, no dia 28 de setembro, com a chegada da quase totalidade dos observadores, e concluídos no último domingo (2), com o término do primeiro turno.
A MOE da ROJAE-CPLP, assim como as demais delegações que integram o programa, acompanharam os trabalhos do dia da votação, incluindo a abertura e o encerramento das seções eleitorais, bem como o teste de integridade realizado em Brasília, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF).
A missão relata que observou cerca de 50 mesas receptoras de voto, nas quais estavam registrados aproximadamente 12.500 eleitores. O material cita que, em algumas das seções eleitorais observadas, notou a presença de fiscais dos principais partidos no momento de emissão da zerésima e no encerramento da votação.