O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo de Estado, disse em entrevista ao BandNews TV que o PSB fez uma proposta ao PT para firmar apoio mútuo na campanha estadual ainda antes do primeiro turno.
De acordo com França, o partido propôs que, entre ele e o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT), quem tivesse mais bem colocado em pesquisas eleitorais, levando em conta o também o potencial de votos, teria o apoio do outro entre o fim de maio e o começo de junho.
"Agora a gente não pode deixar de falar que a história com o Haddad, é que nós (PSB) fizemos uma proposta para o PT, que era que no início do mês de junho, final de maio, termos uma pesquisa que colocasse o meu nome e o dele e quem tivesse na somatória de de intenções votos + poderia votar, seria o candidato. E se eles toparem o acordo, a gente vai, claro, cumprir o acordo. O Haddad é um homem respeitável e não teria nenhuma dificuldade. Agora isso é para tentar no fundo evitar que São Paulo vire uma alavanca para a eleição do Bolsonaro no 2º turno", disse.
Diante da aliança nacional entre PT e PSB, na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da República, com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice, Haddad já havia adiantado na primeira da série de entrevistas do BandNews TV com pré-candidatos ao governo do Estado que os dois partidos devem compor chapa no segundo turno.
João Doria
Na entrevista, Marcio França também ironizou a ausência do ex-governador João Doria (PSDB) que renunciou ao cargo e à disputa à reeleição para concorrer pela Presidência da República.
"Eu vou estar aqui no debate da Band. As pessoas que gostam, que torcem, que gostam de debate ficam até pensando, lembrando daqueles debates meus com o Doria. E é uma pena o Doria não ficar, porque a gente podia aproveitar e até vender os debates por Pay-per-view, porque todo mundo queria ver de novo eu pegar o Doria lá nos debates. Mas vai ter outros, porque tem o representante dele, tem o do Bolsonaro, tem também o do PT, e tem também o que na minha visão é quem é do povo, assim quem tem mais afinidade e experiência para governar", disse.
Lu Alckmin
Diante da filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB, Marcio França revelou que negocia com a indicação da ex-primeira-dama Lu Alckmin, ex-presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, para que seja sua vice na chapa ao governo.
"Se depender de mim, há chances da Lu Alckmin ser vice na minha chapa. As mulheres têm uma capacidade de reciclagem, de resistência", disse.
Propostas
Sobre as propostas de campanha, França destacou a redução de impostos para o agronegócio. “São Paulo tem uma agricultura muito forte. Nós precisamos reduzir o ICMS dos produtos. Nossa meta é dobrar o crescimento do agronegócio no Estado", afirma.
O ex-governador também destacou que o Estado deve ajudar na revitalização do Centro da capital paulista. "O ideal seria fazer um refit de imóveis e colocar de volta para o centro as pessoas morando. Se você nunca colocar as pessoas de volta ao centro, as pessoas não vão voltar a frequentar a região", afirmou.
Em relação a estradas, Márcio França diz que pretende fazer a ponte Santos-Guarujá.