Lula se encontra com presidente da Bolívia, e Bolsonaro aposta no 7 de Setembro

Ciro Gomes e Simone Tebet fizeram campanha em São Paulo nesta segunda-feira (5)

Da redação

Lula com o presidente da Bolívia e Bolsonaro em discurso Ricardo Stuckert/Divulgação e Tânia Rego/Agência Brasil
Lula com o presidente da Bolívia e Bolsonaro em discurso
Ricardo Stuckert/Divulgação e Tânia Rego/Agência Brasil

O candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontrou com o presidente da Bolívia e fez um aceno para a reaproximação do país com o Brasil. Lula prometeu a Luis Arce trabalhar, se eleito, para o ingresso da Bolívia no Mercosul.  A entrada foi aprovada pelos congressos da Argentina, Paraguai e Uruguai. Falta o brasileiro.

À tarde, também em são Paulo, Lula seguiu para um encontro com assistentes sociais.

O petista não deixou barato o veto de Jair Bolsonaro ao índice de aumento do piso nacional da enfermagem. Afirmou que sempre defendeu a proposta, ao contrário do presidente. E atacou.

Pela internet o petista disse que Bolsonaro vetou o reajuste e agora se nega a destinar recursos para ajudar os hospitais, estados e municípios a pagar melhor os profissionais que salvam vidas. Para arrumar bilhões aos aliados, ele é rápido, mas despreza quem salva vidas no Brasil.

O projeto aprovado do piso da enfermagem foi proposto e relatado por parlamentares do PT. No domingo (4), Lula fez mais críticas ao presidente e afirmou que atualmente, o crime organizado se aproveita das facilidades permitidas pelo governo para comprar armas legais.

“Os bandidos já não roubam mais armas da polícia. Eles estão comprando nova, zero quilômetro, com desconto e legalizada. Então, é o melhor que está acontecendo com os bandidos nesse país”.

Lula tem aumentado o tom contra as armas na tentativa de atrair o voto evangélico. Nesta semana, ele tem um ato com lideranças religiosas na baixada fluminense.

Bolsonaro chama para evento

Bolsonaro aposta nas manifestações do Dia da Independência para alavancar a campanha pela reeleição.

A expectativa no Planalto é de que multidões saiam as ruas de verde e amarelo para demonstrar apoio ao presidente, nesta quarta-feira, e não só em Brasília e no Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a convocar a população para os eventos do 7 de setembro.

“Vamos comemorar os 200 anos da independência e a eternidade da liberdade”, discursou o presidente.

O presidente deve acompanhar aqui desse palanque o desfile militar, em Brasília, seguindo em um trator até um dos palcos montados na esplanada, onde vai discursar. Só depois, Bolsonaro embarca para o Rio de Janeiro para a segunda etapa das celebrações dos 200 anos da Independência.

A expectativa é de que o presidente faça um discurso na praia de Copacabana. Deve adotar a mesma linha do debate da Band, destacando as realizações econômicas, como queda da inflação e do desemprego, auxilio Brasil de R$ 600, sem esquecer de atacar os petistas pelos escândalos de corrupção.

Lula tem dito que foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal nos processos envolvendo o petista na Lava Jato. O ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello, que atuou no julgamento de Lula, contesta.

Apesar de o TSE ter proibido uma publicidade da primeira dama no horário eleitoral, por ter aparecido por um tempo maior do que o permitido pela lei, a campanha de Bolsonaro continuará investindo na força de Michele para conquistar o voto feminino de baixa renda.

Tebet, Ciro, Soraya e D’Avila

Simone Tebet visitou uma cooperativa de reciclagem na cidade de São Paulo. A candidata do MDB disse que estuda reduzir a carga tributária das cooperativas e aumentar linhas de financiamento para o setor.

Ciro Gomes reuniu apoiadores numa padaria da zona sul. O candidato do PDT disse que, se eleito, a caixa e o banco do Brasil vão reduzir juros e tarifas. 

Soraya Thronicke passou o dia em são Paulo dando entrevistas. A senadora do União Brasil se comprometeu a manter o auxílio Brasil de 600 reais.

Felipe D'Avila também dedicou o dia a entrevistas. O candidato do novo criticou atividades ilegais na Amazônia e defendeu a exploração sustentável da floresta.