A coligação de partidos que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajuizou neste sábado (10), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação dos eventos de 7 de setembro em Brasília e no Rio de Janeiro. A ação envolve ainda outros 17 participantes dos atos.
A coligação pede que Bolsonaro seja impedido de usar na campanha quaisquer materiais gráficos, fotografias ou vídeos produzidos nos atos. Também pede o compartilhamento de provas com outras investigações, assim como a quebra de sigilo bancário e telefônico dos financiadores.
Este é a segunda ação contra Bolsonaro pelos atos do dia 7 de setembro. O PDT entrou com duas ações contra o candidato à reeleição. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou que Bolsonaro e o candidato a vice-presidente, Walter Souza Braga Netto, se manifestem sobre os atos. O PDT pede a inelegibilidade de ambos.
A primeira ação apura se os candidatos cometeram abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no encontro com embaixadores organizado pela Presidência da República no dia 18 de julho deste ano. A legenda acusa Bolsonaro de publicar vídeo em que ataca a integridade do processo eleitoral perante os representantes de países estrangeiros nas próprias redes sociais, potencializando o efeito danoso das declarações.
A segunda ação acusa Bolsonaro e Braga Netto de abuso de poder político no desfile cívico-militar do dia 7 de setembro. Segundo o partido, foram gastos R$ 3,38 milhões pela Administração Pública no evento, que se tornou promoção da campanha de reeleição do presidente da República.