O ex-presidente Lula (PT) esteve em Fortaleza para a convenção do PT que oficializou Camilo Santana como candidato ao senado e Elmano de Freitas ao governo do Ceará.

Em 16 anos, é a primeira vez que os petistas vão para a disputa estadual separados do PDT. A aliança foi desfeita após um desentendimento com Ciro Gomes na indicação do candidato regional.

No discurso, Lula manteve como alvo Jair Bolsonaro. O petista criticou a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, que é temporário. E disse que o presidente ataca as urnas eletrônicas por medo de perder as eleições.

“Bolsonaro tá todo dia brigando com a Suprema Corte e com a Justiça Eleitoral dizendo que a urna eletrônica não presta. Ele já foi eleito dez vezes pela urna eletrônica. Na verdade, ele não está com medo da urna eletrônica. Ele tá com medo é do povo nordestino, do povo do sul do país que vai dar uma surra nele, que ele nunca mais vai esquecer”, afirmou o ex-presidente.

Já Bolsonaro (PL) foi a São Paulo participar da convenção do Republicanos, que formalizou a indicação de Tarcísio De Freitas ao governo estadual. O ex-ministro está bem colocado nas pesquisas, com chance de ir ao segundo turno.

Assim como Lula, Bolsonaro usa o discurso para bater e desqualificar o principal adversário. Ele voltou a dizer que o petista quer destruir a família, com a legalização das drogas e do aborto. E anunciou que os militares vão desfilar ao lado de seus apoiadores em 7 de setembro.

“Às 16 horas do dia 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs forças auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo. O nosso Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil, um estado aliado de todos nós, aliado à economia de São Paulo, vamos mostrar que o nosso povo mais do que querer, tem o direito e exige, paz democracia, transparência e liberdade", discursou o presidente.

O prazo para as convenções partidárias termina em 5 de agosto, na próxima sexta-feira.