Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pouco aproveitaram o último debate antes do segundo turno das eleições deste ano. Em embate promovido pela TV Globo, nesta sexta-feira (28), os candidatos focaram em trocar acusações de corrupção, provocações e relembrar feitos do passado em seus governos.
O debate seguiu o mesmo modelo adotado pela Band, que aconteceu no último dia 16, e deu a oportunidade para Lula e Bolsonaro administrarem o tempo para formular perguntas por 15 minutos em dois blocos, em outros dois eles puderem fazer perguntas com temas definidos.
No entanto, os candidatos iniciaram o debate acusando um ao outro de mentir sobre dados divulgados nas campanhas.
"Parece que meu adversário está descompensado. Porque ele é um samba de uma nota só. Estou dizendo que mentiroso é o presidente Bolsonaro, que mentiu 6.498 vezes durante seu mandato. E que, só nos programas de televisão, nós conseguimos 60 direitos de respostas das mentiras que ele conta. É isso", provocou Lula.
"Ao longo dos últimos dias, Lula, o seu partido foi à televisão e inserções de rádio para dizer que eu não ia reajustar o mínimo, que eu não ia reajustar as aposentadorias, e também que eu ia acabar com o décimo terceiro, com as férias e com as horas extras. Tu confirma isso? Fim do décimo terceiro, fim das horas extras e também das férias? Mentiroso. Não vai responder? Não vai responder sobre os teus programas eleitorais gratuitos?", disse Bolsonaro.
A saúde foi um dos temas do embate entre os candidatos. Enquanto Lula disse que Bolsonaro só comprou Viagra para o Exército, o atual presidente rebateu dizendo que o remédio tem outras funcionalidades.
"Sabe o que você fez a mais? Que você poderia explicar pro povo? 35 mil caixas de Viagra para dar para as Forças Armadas. Explica por quê. Se o povo não tem sequer fraldão geriátrico para as pessoas mais velhas, de idade, que você retirou", disse Lula.
"Já expliquei. O Viagra é usado para tratamento de próstata. Você usa Viagra?", provocou Bolsonaro.