O ex-presidente Lula (PT) classificou a ação do ex-deputado Roberto Jefferson, de fazer disparos de fuzil e lançar granadas contra agentes da Polícia Federal neste domingo, como o pior momento político do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Neste segundo turno, a avaliação é de que o caso colocou o adversário na defensiva, justamente na reta final da eleição. Somado à declaração do presidente de que “havia pintado um clima” com meninas venezuelanas, auxiliares de Lula afirmam que os fatos são importantes o suficiente para furar as bolhas ideológicas e conseguir apoio de indecisos.
Entenda
A PF (Polícia Federal) indiciou nesta segunda-feira (24) o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) por quatro tentativas de homicídio, após dois agentes serem feridos com estilhaços de granada durante cumprimento de mandado de prisão e outros dois policiais serem alvos de tiros de fuzil disparados feitos pelo político no domingo (23). Eles estavam em uma viatura, mas não chegaram a ser atingidos.
Um vídeo feito por agentes da PF mostra um arsenal de armas e munições mantido pelo ex-deputado, preso por descumprimento de medida judicial e também em flagrante por resistência à prisão e quatro tentativas de homicídio.
O arsenal estava na casa do político bolsonarista, na cidade de Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro. Os armamentos foram encontrados por agentes que cumpriram mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
