O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiram com os compromissos de campanha nesta sexta-feira (03). Um defende um estado mais forte para combater a crise econômica, enquanto o outro seguiu com críticas a governos de esquerda.
Bolsonaro, na terceira viagem ao Paraná em menos de dois meses, usou a estratégia de comparar o fracasso de governos de esquerda com o caos social e econômico em que está mergulhada a Venezuela. O país vive sob uma ditadura há anos. Para o presidente, o PT, se chegar ao poder, empurrará o Brasil a uma situação parecida ao vizinho.
“A realidade é bastante dura para todos nós. Como se não bastassem esses problemas, nós todos aqui – não apenas eu – temos problemas internos no Brasil, onde, hoje, não mais os ladrões de dinheiro do passado. Surgiu uma nova classe de ladrão, que são aqueles que querem roubar a nossa liberdade”, disse Bolsonaro.
Lula prepara uma agenda nova de viagens, mais uma vez ao lado do pré-candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). A intenção do petista é visitar as regiões Nordeste e Norte nas próximas semanas.
O comando petista conversa com dirigentes do PSB com as pesquisas na mão para tentar ajustar os palanques em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Lula fala de economia para cobrar o governo. Disse que quer um estado forte para gerar empregos e cidadania.
“Eu não quero um Estado fraco. Eu quero um Estado forte, que seja responsável por gerar empregos, trazer cidadania para o povo brasileiro. Reconstruir esse país é uma tarefa de todos aqueles que tem dignidade. Boa noite”, escreveu Lula nas redes sociais.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que, se tivesse entrado no que chamou de “pacto de assalto ao Brasil”, já teria sido eleito. O cearense ressaltou que quer o cargo para mudar o país, “sem rabo preso”.
Na chamada “terceira via”, apenas detalhes, de acordo com dirigentes partidários, separam o anúncio do nome de Tasso Jereissati (PSDB) como vice da senadora Simone Tebet (MDB). As costuras para os palanques no Ceará, estado natal do senador, estão avançadas.