Leite renuncia ao governo do RS e fica no PSDB para “viabilizar alternativas”

Discurso do governador gaúcho está no centro de uma briga interna no PSDB sobre manter o nome de João Doria na corrida presidencial

Da redação

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou, nesta segunda-feira, 28, que renunciará ao cargo e continuará no PSDB para buscar uma alternativa à “polarização”, sem citar nomes, em relação às pré-candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O anúncio de hoje elimina a possibilidade de o gaúcho concorrer à presidência da República pelo PSD, pelo qual foi sondado para disputar estas eleições. Leite disse que recusou a proposta de Gilberto Kassab, presidente da legenda, para não “renunciar à história” no PSDB.

“O presidente Kassab, do PSD, colocou um caminho, de forma firme e clara, para que eu pudesse me apresentar ao Brasil. Eu reconheço esse gesto dele e agradeço o gesto que me dirigiu, confiando na minha liderança um projeto. Agradeço, também, a sensibilidade de compreender que a minha história, no meu partido, não poderia ser renunciada”, disse o governador. 

Briga no PSDB

Existe ainda uma briga interna no ninho tucano acerca da manutenção da pré-candidatura de João Doria, vencedor das prévias do partido para concorrer ao Palácio do Planalto em novembro do ano passado. Uma das propostas é abrir mão do governador de São Paulo em prol de Eduardo Leite.

Mais cedo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelas redes sociais, reforçou a forma democrática que ocorreu as prévias do PSDB. Para ele, o nome de Dória como pré-candidato à presidência deve ser respeitado. O governador paulista compartilhou a publicação.

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Leite não revela planos

Leite adotou um tom pacificador no discurso de hoje, sem sinalizar quais seriam as pretensões políticas dele após deixar o governo do Rio Grande do Sul, já que, até então, Doria é o representante oficial do PSDB na corrida presidencial. Por outro lado, o gaúcho diz estar à disposição para “dar toda a colaboração que eu puder para ajudar o país a encontrar uma alternativa”. 

“Eu poderia, se quisesse, simplesmente, ser um candidato, ter caminho para isso, mas sempre disse: ‘Não contem comigo para dispersar energias, candidaturas’. Não é sobre um projeto pessoal. É sobre o Brasil. É sobre viabilizarmos esta alternativa que percebo, sinto, que é sonhada por um grande número de brasileiros”, concluiu Leite.

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