Presidente do PSD, Gilberto Kassab afastou a chance de alianças para integrar chamada “terceira via” nas eleições presidenciais e reafirmou que a legenda vai avançar com a candidatura própria com o senador Rodrigo Pacheco à presidência da República em 2022.
“Felizmente ele vai ser candidato. Sim, eu tenho certeza absoluta, não temos plano B e é importante para o Brasil. Eu não vejo na geração do Rodrigo Pacheco ninguém tão bem preparado como ele, muito inteligente, muito sério e um bom político, porque o cargo é político”, afirmou o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo em entrevista ao Jornal Gente, no estúdio da Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (10).
Kassab defendeu a candidatura do presidente do Senado e vê espaço para que ela cresça nas pesquisas a partir do próximo ano, reiterando que Pacheco nunca foi candidato no plano nacional ao falar dos baixos índices de intenção de voto nas pesquisas mais recentes. O presidente do partido defende a lisura das pesquisas evê no senador mineiro “a mais importante expressão da renovação na política”.
Em sua análise, Kassab vê seis candidaturas consolidadas: Lula (PT), Bolsonaro (PL), Doria (PSDB), Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), além do nome do PSD. Ainda vê possíveis alianças entre seus adversários, o que diminuiria esse número.
“A partir de abril, maio, nós teremos poucos candidatos. O Rodrigo será um deles”, garantiu. Outro fator apontado pelo ex-prefeito de São Paulo como fator de crescimento é a alta rejeição aos adversários da candidatura do PSD, defendendo que “o eleitor troca muito de ideia na eleição”.
Sobre uma possível filiação de Geraldo Alckmin, de saída do PSDB, Kassab garante interesse em ter o ex-governador de São Paulo na sua legenda, mas reconhece que ele analisa outras possibilidades, como sair como vice na chapa de Lula. Caso Alckmin decida sair como candidato à governador, o presidente do PSD garantiu o apoio do partido a ele, mas que não embarcaria no apoio nacional se ele decidir sair como vice na chapa presidencial composta com o PT.
“Se for candidato que teria ou terá apoio do PSD. Essa posição do PSD não mudou, vamos aguardar mais um pouco a sua definição. Ele tem sido muito correto, muito transparente, dizendo que avalia sair candidato a governador, mas avalia também convites que surgiram de pessoas, lideranças que apoiam o presidente Lula e que entendem que ele poderia ser candidato a vice em uma chapa. É uma decisão dele, no plano nacional não poderíamos acompanhar, por mais respeito que temos ao presidente Lula”, avaliou.