Haddad vê erro em possível privatização da Sabesp

Em entrevista ao Band Eleições, o candidato do PT diz que privatização da empresa causará prejuízo e comprometerá o serviço

Da Redação

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad disse considerar um erro privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em entrevista ao Band Eleições, nesta segunda-feira (13).

Toda semana o programa Band Eleições vai receber pré-candidatos e especialistas discutindo os temas mais importantes para os eleitores. Uma tradição do Grupo Bandeirantes que auxilia o eleitor a escolher seu candidato.

"Eu acredito que os meus adversários vão se arrepender ou desistir de privatizar a Sabesp. A Sabesp é um erro privatizar. A Sabesp é uma empresa que tem governança boa, tem condições de fazer parcerias público-privadas. Eu acho um erro enorme vender a Sabesp. Acho que isso ia colocar sob o domínio privado um ativo que o estado tem que funciona bem. Isso vai causar um prejuízo para a família paulista desnecessário, vai comprometer o serviço”.

O petista também falou que se eleito, seu governo começará com um forte programa de combate à miséria em São Paulo e que buscará parcerias com os municípios.

“Eu gostaria de começar o governo com um programa forte de combate à miséria, extrema pobreza e miséria, sobretudo população em situação de rua. Acho que tem muitos prefeitos, inclusive aqui na capital, que estão com um problema, uma carga de trabalho. Imagino que uma coordenação estadual seria muito bem-vinda para ajudar as pessoas que estão ao relento nesse momento”, afirmou.

“A minha função não é só governar aquilo que é de responsabilidade do estado e ponto. Eu penso que uma liderança estadual, um governador, tem que dar o respaldo para os prefeitos se aproximarem do governo estadual, sobretudo no pós-pandemia”, completou.

Aliança com Márcio França

Questionado sobre uma possível aliança com o também pré-candidato Márcio França (PSB), Haddad disse que o ideal seria se ambos estivessem juntos já no primeiro turno, mas afirmou que respeita a decisão de França em se lançar candidato.

“Penso que se estivéssemos juntos já no primeiro turno seria o ideal. Obvio que vou respeitar a decisão do Márcio, qualquer que seja. Nós vamos tratá-lo, independente disso, com muita dignidade no primeiro turno como nós fazemos com um certo aliado no segundo turno”, contou.