Haddad prevê acordo com Márcio França para segundo turno em São Paulo

Petista é o primeiro entrevistado da série do BandNews TV com pré-candidatos ao governo do Estado

Da Redação, com BandNews TV

Líder nas pesquisas eleitorais mais recentes entre os pré-candidatos ao governo de São Paulo, o ex-ministro e ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) disse nesta segunda-feira (4) que a relação do PT com o PSB, do ex-governador Márcio França, que é segundo colocado nas pesquisas, “não poderia estar melhor”. 

PT e PSB devem compor chapa na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da República, com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice. 

Haddad disse em entrevista ao BandNews TV que poderá “acertar uma aliança” com o concorrente em um eventual segundo turno. “Não há nenhuma dificuldade em nós dois selarmos um acordo de apoio no segundo turno, para quem for para o segundo turno. Obviamente que diante da chapa federal (Lula / Alckmin) eu, se for para o segundo turno, conto com Marcio França, e já antecipo que ele contará comigo, como contou sempre em que a disputa foi com os extremistas que têm trazido tanta dificuldade para o povo trabalhador”, destacou. 

O ex-prefeito de São Paulo afirma que as duas candidaturas, dele e de França, podem coexistir sem comprometer uma aliança futura. 

"A relação com o PSB não poderia estar melhor, nós conseguimos formar uma aliança nacional. É uma chapa histórica e o fato do Lula e o Alckmin ter uma chapa nacional, também é uma ótima notícia. Estamos com várias alianças acertadas pelo Brasil e aqui em SP eu e Marcio França estamos liderando as pesquisas- de maneira que as duas candidaturas podem permanecer e que o respeito por Márcio França é grande e não é nenhuma dificuldade em nós dois acertarmos (Márcio França) uma chapa no segundo turno", disse. 

Mesmo com Alckmin ao lado de Lula, Haddad considera que é possível fazer críticas a governos anteriores em São Paulo, mesmo que isso signifique atacar a gestão do ex-tucano. "Nós queremos fazer um governo melhor. Lula sabe que o Brasil precisa dele e não se faz um governo melhor sem criticar os anteriores", disse. 

Educação

Durante a entrevista, Haddad abordou propostas nas áreas de administração estadual e destacou as dificuldades ocorridas durante a pandemia entre os mais pobres. 

Na Educação, o petista mencionou a evasão escolar como um dos desafios. "Nossas crianças e jovens ficaram 2 anos fora das escolas, a população mais pobre, principalmente, ficou sem acesso, tivemos um retrocesso enorme", disse. 

Saúde

Para a Saúde, Haddad disse que pretende ampliar a cadeia de hospitais públicos. "Nós vamos ter que criar hospitais dia, para reduzir fila de consulta.   

Emprego

Na economia, local, segundo o pré-candidato, a prioridade é a geração de empregos. “Emprego e renda. São Paulo precisa criar mais empregos. Nós vamos criar nas duas pontas do ciclo econômico. Nós vamos ter que gerar empregos emergenciais para a população de baixa renda. Mas São Paulo vai ter que olhar para outra ponta. A criação de empregos que precisam de alta qualificação", ressalta. 

Desafio

Sobre a campanha, Haddad disse o PT tem como desafio levar propostas ao Interior do Estado, às regiões mais afastadas da capital. "Na cidade de São Paulo, em 2018, nós tivemos 40% dos votos - a maior parte na periferia. O PT tem vínculo com a periferia, um vínculo muito grande. O que nós estamos comprometidos neste momento é de ter propostas para o extremo oeste do estado. Cidades que estão mais afastadas da capital", disse. 

Fernando Haddad foi o primeiro entrevistado da série com pré-candidatos ao governo de São Paulo feita pelo BandNews TV.