Em resposta a Fachin, Bolsonaro reafirma Forças Armadas nas eleições

Bolsonaro respondeu ao presidente do TSE após magistrado dizer que “forças desarmadas” são responsáveis pelas eleições

Da redação

Presidente Bolsonaro rebate falas de Edson Fachin
Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (12), rebateu o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a participação das Forças Armadas neste pleito. O chefe do Executivo ressaltou que não existe interferência nas eleições.

“Não existe interferência. Ninguém quer impor nada. Ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Nada disso! Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos, pelo amor de deus”, disse Bolsonaro.

Na live, Bolsonaro reforçou que as Forças Armadas seguirão no acompanhamento do processo eleitoral, pois foram convidadas por meio de portaria assinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE.

“As Forças Armadas vão continuar fazendo o trabalho, a não ser que o ministro revogue a portaria. Agora, por favor, não se refira às Forças Armadas porque eu sou capitão do Exército e me coloco como militar. É uma forma bastante descortês [houve uma pequena falha na transmissão nesse momento] de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelente serviço ao Brasil”, continuou o presidente.

“Forças desarmadas”

Mais cedo, após evento do Teste Público de Segurança (TPS) que avalia soluções aplicadas ao sistema eletrônico de votação, Fachin defendeu o respeito ao resultado das urnas. Para o magistrado, “quem trata de eleições são forças desarmadas”.

“As eleições dizem respeito à população civil, que, de maneira livre, consciente, escolhe seus representantes, logo, diálogo, sim, como eu disse. Colaboração, sim, como eu disse. Mas, na Justiça Eleitoral, quem dá a palavra final é a Justiça Eleitoral, e assim será durante a minha presidência”, discursou Fachin.

TSE x Forças Armadas

O TSE e Forças Armadas estão num embate sobre o processo eleitoral. Segunda-feira (09), o Ministério da Defesa enviou um ofício à Corte para colocar o titular da pasta, Paulo Sérgio Nogueira, como representante dos militares na Comissão de Transparência das Eleições (CTE). 

O ministério, porém, negou uma suposta “autonomeação” de Paulo Sérgio para a função antes ocupada pelo general Heber Garcia Portella. Em nota, a pasta disse que o gestor é a autoridade que exerce a direção superior das Forças Armadas.

Em resposta, no mesmo dia, o TSE informou que os prazos para alterações no processo eleitoral foram excedidos, além de mencionar duas reuniões com o ministro Paulo Sérgio Nogueira.

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