A condenação e o perdão do deputado Daniel Silveira seguem repercutindo entre os pré-candidatos à presidência da República. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), por exemplo, criticou a falta de posicionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o indulto de graça concedido ao parlamentar pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ciro disse que o petista pretende usar, se eleito, o mesmo expediente do presidente para “indultar dezenas de companheiros íntimos” que ainda têm contas a pagarem à Justiça. Lula não respondeu.
PT quer rejuvenescer Lula nas redes
Já o PT, na última sexta-feira (22), acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o decreto assinado por Bolsonaro um dia depois de os ministros condenarem Daniel Silveira a oito anos de prisão, pagamento de multa e perda de mandato.
O PT está concentrado nas estratégias de marketing para alcançar eleitores mais jovens na internet. Lula trocou as fotos nos perfis das redes sociais e disse que precisava rejuvenescer nas mídias. O ex-presidente publicou um discurso feito à juventude.
“Tirar o título é vocês provarem que estão qualificados não apenas para escolherem quem vocês querem que governe este país. É vocês escolherem o que decidir da vida de vocês”, discursou Lula.
Bolsonaro reforça agenda conservadora
Sem compromissos oficiais, Bolsonaro também destacou um trecho de uma agenda cumprida em Goiás, onde falou sobre a descriminalização do aborto.
“Nós somos contra o aborto. Nós somos contra a ideologia de gênero. Nós defendemos a família. Nós defendemos a propriedade privada. Nós queremos arma de fogo para o cidadão de bem”, disse o presidente.
Fim das divergências no PSDB?
No PSDB, o clima é de pacificação. Depois que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, reconheceu João Doria (PSDB) como pré-candidato do partido, o ex-governador de São Paulo comemorou o fim das divergências.
Agora, Doria ganha mais ânimo na tentativa de se consolidar como candidato ao Palácio do Planalto. Na próxima segunda-feira (25), o tucano se reunirá com representantes de partidos que discutem um nome único para a chamada “terceira via”. Existe a expectativa de que a chapa seja lançada em 18 de maio.