Eleição para o governo de SP pode ter surpresas, diz diretor da Quaest

Diretor da Quaest vê potencial de alta para Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia na disputa com Haddad pelo governo de São Paulo

Da redação

Eleição para o governo de SP pode ter surpresas, diz diretor da Quaest Eduardo Adante/Band
Eleição para o governo de SP pode ter surpresas, diz diretor da Quaest
Eduardo Adante/Band

Para o cientista político e diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, a disputa para o governo de São Paulo ainda pode sofrer uma reviravolta faltando menos de um mês para a votação que definirá o novo comandante do estado.

Em conversa com os jornalistas Rodolfo Schneider e Marco Antonio Sabino no Band Eleições desta segunda-feira (12), Felipe Nunes afirmou que a disputa em São Paulo raramente é decidida com antecedência e lembrou de quando João Doria superou Paulo Skaf e foi ao segundo turnos nas eleições de 2018.

“As eleições de São Paulo são eleições que geralmente apresentam grandes mudanças. Gosto de lembrar as pessoas que neste mesmo momento, há quatro anos, o Skaf era quem liderava as pesquisas de intenção de voto. E no fim a gente viu o João Doria indo ao segundo turno com o Márcio França. Acho que nesse ano a gente também verá esse mesmo tipo de movimentação. Difícil dizer o quadro que vai se dar, pesquisa é termômetro e não bola de cristal, mas o que parece nesse momento é que o Tarcísio está em um momento de ascensão, porque em um lado ele está colado no Bolsonaro e porque ele tem o maior grau de eleitor mais decidido”, afirmou.

Felipe Nunes também afirmou que Rodrigo Garcia (PSDB) possui chances de crescer nos próximos dias e a avalição de seu governo pode ser decisiva para uma possível ida ao segundo turno.

“Por outro lado, a gente tem o Rodrigo Garcia com chances de crescer nesses próximos 20 dias por dois motivos: Quanto mais conhecido ele fica, melhor seu governo é avaliado. A avaliação do seu governo está crescendo positivamente e ele é o que o eleitor deseja, um governador independente”, explicou.

Em relação ao candidato do PT, Fernando Haddad, o diretor da Quaest vê sua rejeição como algo que pode atrapalhar sua caminhada e permitir a aproximação de Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia.  

“O Haddad, por outro lado, vê sua rejeição crescer ao longo dos meses e vai fazer de tudo para tentar diminuir uma tendência que parece ser de queda nas pesquisas”, disse.

Última pesquisa

A última pesquisa Quaest, divulgada no dia 8 de setembro, mostra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) liderando a disputa pelo governo de São Paulo. O candidato do PT aparece com 33% das intenções de votos contra 20% do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), na pesquisa estimulada, quando uma lista de candidatos é apresentada aos entrevistados. Rodrigo Garcia (PSDB) aparece em terceiro, com 15%.