Eduardo Cunha reforça apoio a Bolsonaro por "questão de coerência"

Ex-presidente da Câmara deu uma entrevista exclusiva à BandNews TV, nesta terça-feira (7)

Da Redação, com BandNews TV

Durante entrevista exclusiva à BandNews TV, nesta terça-feira (7), o ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), reforçou o seu apoio ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL) "por coerência".  

“Eu estou apoiando o Bolsonaro, pois ele tem, exatamente, aquilo que eu prego. É conservador de costumes e liberal na economia. São esses dois pontos que defendo para alguém que vai exercer o poder. Pela lógica, eu tenho que apoiá-lo. Tudo na vida tem que ter uma razão.  

Cunha também disse que não apoia outro candidato e que não existe a ‘nova’ ou ‘velha’ política. "Não há quem defenda outra bandeira igual à que eu defendo como Bolsonaro. Você tem que ter a boa e má política. A gente tem que combater a má política e exaltar a boa política”. 

Eduardo Cunha começou a construir sua força na Câmara logo em seu primeiro mandato como deputado federal e quando era líder do PPB, partido ao qual era filiado em 2003 e pelo qual também foi deputado estadual.

Foi no PMDB, ao qual aderiu naquele mesmo ano, e durante os governos do PT, que o deputado acelerou sua ascensão política. Ganhou destaque no segundo mandato de Lula como aliado próximo do então líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), deputado mais longevo da Câmara à época; e também do então presidente da Casa, Michel Temer (SP), atuando como um de seus principais articuladores.

Na presidência da Câmara, Cunha comandou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Ainda naquele ano, foi detido preventivamente e condenado em 2017 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.  

Em 2018, a condenação foi confirmada em segunda instância pelo TRF-4 e Cunha recebeu a pena de mais de 14 anos de prisão.

Em 2020, o ex-deputado recebeu uma segunda condenação no âmbito da operação Lava Jato, em primeira instância, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  

Apesar das condenações, a prisão de Cunha ainda era preventiva, ou seja, o tipo de prisão que acontece durante o andamento de um processo, antes que haja uma condenação final, sem possibilidade de recurso.

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