O ex-governador João Doria (PSDB) comunicou que voltará ao setor privado. O anúncio aconteceu nesta segunda-feira (13) durante um café da manhã com jornalistas. Ao lado do ex-ministro Henrique Meireles, o tucano também informou que não sairá do Brasil.
Com o retorno ao setor privado, a partir de julho, Doria passará a integrar o conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Apesar das circunstâncias que o fizeram o desistir da corrida presidencial, como a falta de apoio do próprio partido, o ex-governador disse que não se desfiliará do PSDB.
O tucano aproveitou o evento para relembrar os seis anos de trajetória na vida pública, a exemplo da prefeitura de São Paulo e governo do estado. Doria reafirmou que não é um profissional da política, mas um gestor (expressão repetida várias vezes na campanha das quais participou).
A desistência
No dia 23 de maio, sob pressão do PSDB e de partidos aliados (MDB e Cidadania), Doria anunciou a desistência da pré-candidatura à presidência da República. A saída do cenário eleitoral deu espaço para Simone Tebet (MDB) ser o nome mais viável para liderar a chamada “terceira via”.
“O PSDB saberá tomar a melhor posição no seu posicionamento para as eleições deste ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido e missão bem realizada, com boa gestão e sem corrupção”, disse Doria em coletiva de imprensa.
Em novembro do ano passado, Doria venceu as prévias do PSDB, o que o tornaria, pelo menos com base em regras internas, o nome oficial do partido nestas eleições. Por outro lado, o ex-governador não tinha apoio nem da própria cúpula tucana. Inclusive, chegou a anunciar que Bruno Araújo, presidente da legenda, não seria mais o coordenador de campanha dele.